DÚVIDAS

Soneto com vocabulário estranho
Já vi o soneto abaixo transcrito em vários sítios da Internet. Pode ser que seja um logro, mas eu não entendo uma única palavra do que nele se fala. Será possível o Ciberdúvidas ajudar-me quanto ao seu sentido, ou esclarecer se é tudo inventado, ou se poderemos chegar às palavras etimologicamente porque a maioria não encontro nos dicionários? Obrigado. «A UMA DEUSA: Tu és o quelso do pental ganíriosaltando as rimpas do fermim calériocarpindo as taipas do furor salírionos rúbios calos do pijom sidério és o bartólio do bocal empírioque ruge e passa no festim sitérioem ticoteios de partano estíriorompendo as gâmbias do hortomogenério teus lindos olhos que têm barlacantessão camençúrias que carquejam lantesnas duras pélias do pegal balônio são carmentórios de um carce metáliode lúrias peles em que pulsa obálioem vertimbáceas do pental perônio.» Luís Lisboa, poeta maranhense.
O advérbio talvez e o modo conjuntivo
«Ela fez menção de levantar-se, ir embora, porém meu olhar acolhedor ou talvez o medo do ridículo a retiveram.» Sabe-se que o termo talvez, quando anteposto ao verbo, obriga ao modo subjuntivo. A frase acima envolve, entretanto, alguma particularidade, pois o advérbio se refere apenas a um dos núcleos do sujeito composto. Mesmo assim, deveria ser «retivessem», supondo a conjunção com caráter aditivo? Obrigado.
Folheto promocional
Tenho verificado, de há uns anos para cá, que qualquer desdobrável ou folheto promocional é sistematicamente designado por panfleto. Verifico também que esse hábito está sobretudo implantado nas camadas mais jovens, abrangendo também jornalistas. Ora, sempre aprendi que um panfleto é um tipo especial de folheto. Como diz Augusto Moreno, no Dicionário Complementar da Língua Portuguesa, um panfleto é um «opúsculo ou folheto, em geral político, acerbo na crítica».
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