Uma das minhas actividades é a revisão de textos e tenho-me deparado com uma dificuldade em particular para a qual não encontrei ainda respostas satisfatórias.
Gostaria de saber se existe alguma norma para a grafia de certos termos compostos utilizados nos vários ramos das ciências. Refiro-me, nomeadamente, a exemplos como os seguintes: "sócio-económico" ou "sócio-político", que tenho visto como "socioeconómico" ou "sociopolítico" respectivamente. Mas, se a estes acrescentarmos mais uma palavra, como por vezes acontece, teremos "sócio-político-económico", "sociopolítico-económico", "sociopolíticoeconómico" ou alguma outra variante? É que a eliminação dos hífens e a pura justaposição das palavras torna-se progressivamente mais difícil de ler.
Por outro lado, a prática, ao que parece generalizada, de eliminar os hífens traduz-se por vezes em resultados um tanto ou quanto insólitos, como por exemplo "imunohemoterapia" ou, pior ainda, "parathormona". Aliás, a respeito destes dois últimos exemplos, gostaria de saber se os campos da medicina e da farmacologia ou da química, para citar apenas estes, estão isentos, na sua terminologia específica, de terem de se submeter às regras linguísticas.
Pergunto isto, por já ter visto termos como "dehidrohepiandrosterona" ou "hidroxietilcelulose" (sem qualquer hífen) ou como o incrível "cloridrato de trans-4-[(2-amino-3,5-dibromobenzil)amino]-ciclohexanol" — com os hífens e os parênteses exactamente como indico aqui.
Onde poderei então encontrar indicações fiáveis (?!) relativamente à utilização ou não dos hífens?
Obrigado!
O que significa e qual a origem da palavra sofisticado?
Gostava que me esclarecesse a seguinte dúvida: qual a preposição adequada para disponibilizar e estar disponível? Disponibilizar para alguém? Ou a alguém? Estar disponível para alguém ou a alguém?
Obrigada.
Qual é o significado da expressão «O advogado vai com muita sede ao pote»?
Gostaria de ser informada quanto à diferença entre «agente do estado» e «funcionário público».
Achamos que este novo acordo ortográfico é muito injusto para nós, além de nos desfavorecer e quebrar os nossos princípios linguísticos. Por exemplo, a hifenização em relação a algumas palavras "não soa bem": «mini-saia» vai ficar, do nosso ponto de vista muito esquisito, pois dobra-se o s. Além de estas palavras ficarem bastante grandes.
E não se resume apenas a isto, que vemos que está mal. Por exemplo, os meses do ano, escritos com minúscula, é uma falta de classe...
Não acham o mesmo?
Gostava de saber a que organismo compete fazer respeitar as normas portuguesas, nomeadamente a NP EN 2680, de 1993.
É verdadeiramente assustador verificar como essa regra é desrespeitada, escrevendo-se à maneira que cada um lhe apetece e, tanto quanto eu saiba, nenhuma consequência lhe advindo por isso.
Veja-se, por exemplo, os produtos alimentares à venda no mercado. São obrigatoriamente marcados com o respectivo prazo de validade, mas parece que ninguém se rala com a forma como esse prazo é escrito.
Uma pessoa compra um alimento para crianças, por exemplo, onde consta a validade: 09-03-07. Que significa isso? Que ainda tem cerca de um ano de validade? Ou que já está cerca de um ano fora de prazo?
E se a criança comer um alimento deteriorado e por isso tiver um grave problema de saúde?
Anda a ser desleixado um problema muito sério!
E até neste site Ciberdúvidas se faz a apologia de cumprir a norma e esse(s) artigo(s) é datado na forma antiga — penso que ilegal!
Concordo que não é ao Ciberdúvidas que cabe fazer respeitar a lei, mas, pelo menos, podia cumpri-la. Para variar.
Obrigado.
O que quer dizer diuturno?
Como fica o adjectivo pacífico no grau superlativo absoluto sintético?
Qual a forma mais adequada/correcta da negativa de «Posso comê-lo»? É «Não posso comê-lo», ou será «Não o posso comer»? Eu "simpatizo" mais com a 1.ª opção, mas tenho uma colega que insiste que só a 2.ª está correcta.
Concordo que, na forma negativa, o pronome deva ser anteposto ao verbo (Ex.: «Não o faço»; «não te lembres disso»; «não me molhes»; «não o encontro»). Porém, em caso de complexos verbais, como poder/querer e infinitivo («quero beber o sumo»; «posso ler o livro»), assim como ao substituir o complemento directo pelo pronome, ficando assim «Quero bebê-lo» e «Posso lê-lo», também me parece que na negativa deve ficar «Não posso lê-lo», em vez de «Não o posso ler», e «Não quero bebê-lo», em vez de «Não o quero beber». A anteposição do pronome é correcta e obrigatória em casos em que o núcleo do predicado é um só verbo, como nos primeiros exemplos que apresentei, todavia não considero que o pronome deva estar anteposto quando o núcleo do predicado é composto por mais que um verbo.
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