Creem, deem, leem, veem
A supressão do acento não causa qualquer problema neste caso.
Pára e para
Concordo consigo que o acento em pára deveria ter ficado opcional, como em fôrma/forma, amámos/amamos, dêmos/demos.
Pêra/pera, pêro/pero
Não há qualquer inconveniente na supressão do acento, porque as formas que poderiam fazer confusão já não se usam.
Pôde/pode
O acento em pôde é importante para distinguir bem o presente do passado, o que pode (agora e para o futuro, não no passado) ser muito relevante em documentos oficiais.
Assunção, perentório
A queda das consoantes mudas não tem grande mal nestas palavras. Já o mesmo não digo em corrector (de correcção) e corretor («intermediário»). A verdade, é que, há muito, a grafia corretor tem sido única no Brasil, pelos vistos sem grandes problemas.
Windsurfe
Esta grafia está assim registada no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras (2009), adaptação do inglês windsurf. Note que a letra W passou, no novo AO, a figurar no alfabeto da língua portuguesa e já representa a semivogal [w] em, por exemplo watt. Windsurfe não escadaliza se for pronunciada [su], como o dicionário da Academia 2001 preconiza para surfista. Se não for assim pronunciada, contraria a índole da língua; e seria, então, preferível escrever-se "windsarfe", da mesma forma que, por exemplo, o citado dicionário recomenda nailon para o inglês nylon.
Nota final: que venha o VOLP PE, para que todas estas dúvidas sejam esclarecidas e haja um vocabulário que faça lei em Portugal.