Sou natural de Barcelos e vivi muito tempo na "minha" freguesia de "Máriz" ou "Mariz" (sem acento no "a").
Desde a escola primária, aprendi que se escrevia "Máriz", com pronúncia de "má...", e não "ma...".
Há quem pronuncie como se tivesse o acento, mas também sem o acento, especialmente as pessoas de fora.
Hoje colocaram em causa isto e disseram que até se pronuncia o acento, mas a escrever não leva acento!
Afinal como se escreve, "Máriz" ou "Mariz"?
Muito obrigado.
Na frase «...e assim ardeu até ao fim.», o verbo «ardeu» é transitivo indireto (considerando que «até ao fim» é complemento oblíquo) ou é verbo intransitivo?
Obrigada.
Gostaria de saber se as expressões «antes de» e «depois de» são proclitores vinculativos ou opcionais.
Prende-se esta questão com o facto de ter alguns documentos de trabalho (do tempo da faculdade) que apontam para que haja opção, conforme o estilo. As frases que tenho nesse documento são:
«Antes de casarem-se, visitaram Vigo. Depois de casarem-se, foram a Roma.»
A par de:
«Antes de se casarem, visitaram Vigo. Depois de se casarem, foram a Roma.»
O texto resultava de uma investigação da professora de Sintaxe e Semântica do Português, mas, de facto, cada vez mais surgem alunos a usar a ênclise nestas situações.
Será gramatical a ênclise depois dessas locuções temporais?
Agradeço esse esclarecimento.
Ao ler uma notícia, deparei-me com a seguinte frase:
«Um carro contratado para conduzir um funcionário da equipe do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, foi roubado por criminosos na manhã desta quinta-feira (14), na Rua do Riachuelo, no Centro do Rio, em frente ao Hotel Monte Alegre.»
Minha dúvida é quanto à justificativa do uso indiscriminado de vírgulas na presença de adjuntos adverbiais nessa frase:
«na manhã desta quinta-feira (14)» ⇒ um adjunto adverbial tempo
«na Rua do Riachuelo» ⇒ um adjunto adverbial de lugar
«no Centro do Rio» ⇒ seria um adjunto adverbial de lugar ou um aposto circunstancial que identifica a região como localizada no Centro do Rio?
«em frente ao Hotel Monte Alegre» => seria um simples adjunto adverbial de lugar ou um aposto circunstancial que identifica o lugar exato do Centro do Rio em que ocorreu o crime?
Faço essa pergunta, pois alguns adjuntos adverbiais nessa oração parecem se comportar como apostos, ou seja, dando apenas informações extras, que podem ser facilmente suprimidas.
Desculpem se ficou meio confuso!
Tendo consultado as vossas explicações, fiquei, todavia, em dúvida. Na frase apresentada, a preposição é necessária?
«Sei que ficaria mais fácil de escrever um texto que se lesse.»
Cordialmente
Deparei-me com a seguinte expressão: «Associar a quantidade de pão ao seu preço.»
Minha dúvida é: o sintagma «de pão» pode ficar no singular ou deve ficar no plural por ser um nome contável?
Se ambas as possibilidades forem possíveis, então qual a diferença semântica entre ambos?
Em Trás-os-Montes, pelo menos no concelho de Vinhais, utiliza-se o termo "moco" (com o fechado) na expressão «em môco» que designa um pássaro recém-nascido, ainda sem penas e apenas com uma ténue penugem. Não encontro essa expressão nem o termo "moco" em dicionários de regionalismos, nomeadamente:
– Mirandelês / Jorge Golias, Jorge Lage, João Rocha, Hélder Rodrigues. – Mirandela : Câmara Municipal de Mirandela, 2010. ISBN 978-972-9021-12-1; -
– Dicionário dos Falares de Trás-os-Montes / Vítor Fernando Barros. – Porto: Campo das Letras, 2002. ISBN 972-610-580-3
Colocada a questão numa ferramenta de inteligência artificial, obtive a informação genérica seguinte:
«O termo “moco” parece derivar do latim mucus, possivelmente relacionado ao estado frágil e vulnerável dos filhotes de pássaros, que ainda estão sem penas e cobertos apenas por uma leve penugem.»
Gostaria de, se possível, obter a informação sobre a existência registada do termo ou expressão, qual a sua origem etimológica e qual o seu uso e emprego em Portugal, em resposta fundamentada por um dos vossos habilitados autores.
Muito obrigado.
Se eu tiver um software que eu chamei "Prox", teria de me referir a ele como "O Prox" ou "A Prox", se eu decidir não fazer menção à palavra software na oração?
Se pudesse ter uma explicação sobre o assunto seria ótimo!
Obrigada
É cada vez mais frequente ouvir a palavra litrada na hotelaria.
Nesse sentido, tentei consultar o seu significado em diversos dicionários sem obter qualquer resultado.
Ainda ontem, na minha hora de lazer, fui com umas colegas de trabalho a tomar café e ouvi uma conversa que sobressaía do tumulto. De forma bastante clara, um cliente dizia: «traga-nos uma valente litrada de cerveja, por favor».
A minha dúvida é se existe e ainda não foi incluída nos dicionários, ou se é apenas um termo usado na região do Porto.
Se existir, pode ser incluída em textos literários?
Obrigada!
É possível considerar a presença de deítico pessoal na frase «Atualmente, os alunos estudam bastante», mesmo estando a forma verbal na 3.ª pessoa?
Obrigada.
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