Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória, Brasil 246

Aprendi que o pronome quem concorda com a terceira pessoa do singular.

Por que então há exceções?

Exemplo 1: «Quem são vocês?»

Exemplo 2: «Foram eles quem fizeram essa bagunça?»

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Celso Pereira Professor Portugal 415

Na frase «Todos concordaram com o que você fez ontem», como classificar a oração «com o que você fez ontem»?

Julgo que será subordinada substantiva relativa, mas estou com dúvidas.

Ana Rodrigues Tradutora Costa da Caparica, Portugal 362

Não logrei encontrar a expressão “barba-cara” (com ou sem hífen) em nenhum dicionário.

Contudo, a expressão aparece, no sentido de «com desfaçatez», em diversas passagens de livros e artigos. Porém, todos os textos que pude encontrar, incluindo esta expressão, são cabo-verdianos, pelo que gostaria de perguntar se tem, efetivamente, origem cabo-verdiana ou se a posso utilizar numa tradução para português europeu, nestes moldes:

«Estás a dizer isso na minha barba cara?», i.e., «tens o descaramento de me dizeres isso»?

Ligia Coutinho Estudante Brasília, Brasil 557

«Tanto... quanto» é locução conjuntiva comparativa quando essas palavras ligam orações ou elementos de mesma função sintática, funcionando como elementos coesivos. Porém, as duas palavras também estão inclusas nas classes morfológicas de pronomes indefinidos e de advérbios de intensidade.

1. Como locução conjuntiva, a expressão é sempre invariável ou há casos em que pode flexionar de acordo com o substantivo?

Por exemplo, todas as seguintes frases estão corretas e empregam esse tipo de conectivo?

«Tanto cães quanto gatos são amáveis.»

«Tanto Joana quanto Bia estavam lá.»

«Pegou tantos docinhos quantos pôde.» [Conjunção, pronome ou ambos?]

«Olha, eu estou assistindo tanto quanto você.» [Conjunção, advérbio ou ambos?]

O que me leva à segunda pergunta:

2. Esse conectivo é derivado dos pronomes e advérbios ou têm algo de essencialmente diferente, que o constitui como conjunção?

Obrigada.

Maria Mota Estudante Coimbra, Portugal 302

«Percebi nessa frase que a dignidade não está naquilo que temos, mas na forma como fazemos aquilo que nos cabe.»

Quais os valores aspetuais configurados pelas formas verbais presentes na frase?

Eu creio que serão perfetivo («percebi») e genérico (para as restantes formas verbais).

Todavia, há quem considere imperfetivo e eu não entendo por que razão pode ser imperfetivo.

Obrigada.

Eduardo Almeida Jornalista Mafra, Portugal 326

Antes de mais, parabéns pelo vosso excelente trabalho. Recorro frequentemente ao Ciberdúvidas desde há muitos anos e fico sempre esclarecido.

Quanto à pergunta que me levou a contactar-vos: à luz do Acordo Ortográfico de 1990, o termo "cabeça-de-cartaz" redige-se com ou sem hífens?

Já vi diversas fontes defenderem que os hífens se mantêm, enquanto outras defendem o contrário. Ou seja, não consigo chegar a uma conclusão.

Podem esclarecer-me?

Obrigado e bom trabalho. 

João Paulo Rangel Silva Estudante Marco de Canaveses, Portugal 424

Qual a origem da palavra princípio?

Mari Alves Professora Lagoa da Prata, Brasil 468

Das estruturas abaixo, em relação às formas verbais, qual é a correta?

«Era seca» ou «era secada»?

«A roupa era seca ao sol.»

«A roupa era secada ao sol.»

Obrigada.

Ana Lomba Guedes Estudante Porto, Portugal 402

Na frase «Aqui, onde vivo há muitos anos, sou feliz», qual a função sintática da oração subordinada adjetiva relativa explicativa «onde vivo há muitos anos»?

A dúvida é a seguinte: estas orações desempenham a função sintática de modificador apositivo de nome. Porém, aqui é um advérbio.

Então, qual a função sintática?

Obrigada!

João Marques Tradutor Amadora, Portugal 399

Qual a construção mais correta?

– «Lembrarmo-nos daqueles a quem servimos.»

– «Lembrarmo-nos daqueles que servimos.»

Grato.