Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Volha Kazlova Química Portugal, Porto 1K

Ando a aprender o tema das horas e dos horários em português europeu e, até agora, tudo estava claro para mim relativamente a expressões como «à uma hora / às duas horas / ao meio-dia / à meia-noite».

No entanto, comecei a pensar em outros exemplos em que o número de minutos é superior a 30. Quando respondemos simplesmente à pergunta «Que horas são?», podemos usar as frases como:

1) É um quarto para as dez. (09.45)

2) São dez para as três. / São três menos dez. (14.50)

3) É um minuto para as quatro. / São quatro menos um minuto (15.59)

E por aí fora.

A minha dúvida é: que preposição devo usar (contraída ou não) quando quero dizer que algo acontece a essas horas?

Num vídeo no YouTube vi um exemplo tipo "à um quarto para as dez", mas em outra fonte para os aprendentes de português europeu responderam-me que a forma correta é «a um quarto para as dez».

Sendo assim, queria pedir a vossa ajuda e explicação para entender a regra.

Além disso, foi-me dito que, nos exemplos como 2 e 3, a contração da preposição vai depender da presença ou ausência da palavra minuto(s). Por exemplo:

2) às dez para as três / a dez minutos para as três.

3) à um para as quatro / a um minuto para as quatro.

Esta explicação está correta? Se sim, os falantes nativos usam estas expressões no dia a dia ou optam por opções «às três menos dez» (exemplo 2) e «às quatro menos um minuto» (exemplo 3).

Muito obrigada, desde já, pela vossa explicação!

Diogo M. Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 906

Sempre pensei que, em Portugal, se escrevesse sempre descolonizar e não "decolonizar". No entanto, acabo de deparar com uma obra intitulada Decolonizar o Museu, publicada pela Orfeu Negro.

Como se trata de uma boa editora, questiono-me se também se poderá escrever "decolonizar".

Obrigado.

Mario dos Santos Reformado Lünen, Alemanha 648

«Quase todos os camaradas da sua classe passaram o exame na escola Morais, em...»

«Passaram o exame» ou «passaram no exame»?

Ana Santos Investigadora Porto, Portugal 593

Em inglês a transcrição fonética de cake é [keɪk].

Pergunto qual o motivo por que a transcrição não é realizada do mesmo modo no caso do português europeu, nos casos em que fonologicamente as palavras são monossilábicas como ou transcritas, ao invés, como dissílabos, incluindo um schwa que não é pronunciado: [ɫɐjtɨ].

Jorge Santos Técnico superior Lisboa, Portugal 543

Já tenho surpreendido a palavra foodie aqui e ali, sobretudo em revistas de tendências do tipo Time Out...

Por exemplo, na revista Activa, em 23/05/2025, lê-se:

«Falámos com a fundadora do Lisbon Insiders, um guia e uma plataforma para foodies e epicuristas [...].»

O anglicismo foodie já foi aportuguesado?

Montarcilio Estrela Reformado Faro , Portugal 637

O recipiente para gás é designado garrafa ou botija? Parece-me que o termo botija é castelhano.

Agradeço a vossa opinião.

Carlos Rodrigues Médico Veterinário Lisboa, Portugal 446

Agradecia que me indicassem o ato de fala presente em  «Falo do tempo e de pedras, e, contudo, é em homens que penso« (José Saramago, A Bagagem do Viajante, 8.ª ed. Editorial Caminho, 2010, pp. 223-225).

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo), Brasil 876

Um amigo me disse que "musas inspiradoras" é pleonasmo vicioso/redundância viciosa, mas não sei mais se "musas inspiradoras" é pleonasmo estilístico/redundância estilística, pleonasmo vicioso/redundância viciosa ou não pleonasmo/não redundância!

O que vocês entendem do assunto todo no caso então?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Annie Blaire Estudante Setúbal, Portugal 466

Um simples roupão de banho pode ser considerado uma indumentária?

Maria Teresa Projecto Professora Lisboa, Portugal 535

É muito frequente abordar nas minhas leituras e subsequentes traduções as expressões que, em inglês, mobilizam a expressão turn. Fala-se, por exemplo, de «linguistic turn», «mimetic turn», «performatic turn», e por aí afora, para referir momentos peculiares de transformação do pensamento e de florescimento de campos de estudos em determinadas áreas ou disciplinas filosóficas, sociológicas, ou científicas de um modo geral. A tradução desta expressão, no entanto, não é evidente. Fico sugestionada pelas possibilidades «viragem» ou «virada», mas gostaria de saber a vossa opinião relativamente a esta questão.

Desde já muito grata pela atenção dispensada.