Nesta frase, identificamos a presença de uma oração subordinada substantiva completiva, que se transcreve em (1):
(1) «que não tinha os papéis em ordem»
Esta oração desempenha a função sintática de predicativo do sujeito e é introduzida pela conjunção subordinativa completiva que.
Note-se, todavia, que estas estruturas são construções particulares que não podem ser colocadas no mesmo plano dos grupos de palavras que desempenham a função de predicativo do sujeito. Com efeito, tal como afirma Barbosa, «em rigor, não há predicação nestas frases […] a oração completiva, nestes exemplos, não atribui nenhuma propriedade à entidade abstrata representada pelo sujeito, mas limita-se antes a especificar, ou explicitar o próprio conteúdo dessa entidade»1.
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1. Raposo et al., Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, p. 1858 [caixa 2].