Tampouco deve ser pronunciado "tãopouco" ou "tãpouco"?
Muito obrigado.
A palavra composta tão-pouco tem-me trazido alguns engulhos, sobretudo junto de muitos elementos da minha classe que, por mera ignorância, continuam a escrever esta palavra separada.
Melhor explicando, eu uso as palavras separadas quando pretendo usá-las em termos comparativos, isto é, «Ele não tem assim tão pouco dinheiro» ou «O António tem tão pouco dinheiro». Quando pretendo usá-la em termos explicativos, por exemplo «Ela tão-pouco pretende usar tal facto», como reparam, uso-a na forma composta. Não sei se estarei correcto, e, se sim, o que pretendo é uma explicação linguística para poder usar e melhor me fazer entender junto da classe do Direito, que está tão maltratada, digo eu!
Muito obrigado pela atenção, antecipadamente.
Trabalhando eu no ramo automóvel, deparei-me hoje com uma dúvida. Tenho de escrever um relatório sobre um veículo cujo motor tem um problema e que desliga constantemente. E a minha dúvida está aqui: «o motor vai abaixo», ou «a baixo»?
Muito obrigado pela ajuda e continuem com o bom trabalho!
Há já algum tempo que frequento o vosso site, e agora que me surgiu uma dúvida gostaria de colocá-la aqui. A dúvida é a seguinte: com a expressão temporal agora, podem seguir-se verbos conjugados no pretérito imperfeito? Como por exemplo: «Agora, eu caminhava à beira-mar.»
Na frase «foram analisados os prós e os contras da proposta...», a que classe de palavras pertencem prós e contras?
Em diversas literaturas e sites, todos tentam explicar a expressão «cadê?» como sendo uma variação de «quéde?», por sua vez uma corruptela de «o que é de?», para significar «onde?» ou «onde é que está?» (verbo subentendido, conjugável nas suas várias pessoas e tempos)...
Curiosamente é de se admirar que ninguém levanta a possibilidade de "cadê" ser um empréstimo (de tempos remotos ou por migração) do termo eslavo "kde" (em búlgaro é "kadê" mesmo), que quer dizer exatamente «onde?» ou «onde é que está?» – já nas línguas eslavas o verbo presente (e o verbo "ser") pode ser omitido sem prejuízo de entendimento, e que por sua praticidade e sonoridade acabou por se tornar sinônimo de fato em português.
Isto não é bem uma pergunta, é mais uma modesta contribuição. Talvez a pergunta seria: qual será a aceitação desta interessante observação como outra possível explicação para a origem etimológica do popular "cadê"?
Na expressão «ainda bem que te vi!», como se classifica que morfologicamente? É uma conjunção completiva (ou integrante)?
Gostaria de saber se o uso da palavra absolutamente empregada como negativa (a um questionamento) é correto e se corresponde à norma culta. Ex.:
– Você vai almoçar conosco hoje?
– Absolutamente.
Embora na maioria das gramáticas e dos dicionários as palavras acima indicadas sejam classificadas como advérbios, no Dicionário Houaiss são apresentadas como advérbios e nomes. Já tinha ouvido um professor universitário referir-se à classificação errada destas palavras como advérbios por se tratar de nomes de dias (o nome do dia actual; o do dia anterior; o do dia seguinte). Qual é a vossa posição em relação a este assunto? E, no caso de poderem ser classificados como advérbios e nomes, como distinguir? Obrigada.
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