Na frase «ele disse que me ama», fico confusa sobre a harmonia dos tempos verbais usados. Acredito que o correto deveria ser usar os dois verbos no passado: «Ele disse que me amava.» Mas, neste caso, isso mudaria o sentido da frase. Gostaria de saber se há algum problema em frases como a do meu primeiro exemplo.
Obrigada.
Por que se faz uso do futuro numa frase como esta «por que TERÁ acordado tão cedo»?
Deparei-me com o que julgo tratar-se mesmo de um erro de concordância verbal na revista do semanário Expresso de 10 de setembro [de 2016]. É esta frase, na crónica de Clara Ferreira Alves (Nós por cá todos bem):
«(...) Não temos futuro. Quatro em cinco jovens está disposto a emigrar. (...)»
Obviamente que devia ter sido escrito «Quatro em cinco jovens estão dispostos a emigrar». Estou certo?
Porque em Portugal não se usam os verbos no gerúndio?
Na seguinte passagem de um artigo sobre o terramoto que aconteceu no ano passado no Nepal, lê-se:
«Os dois amigos chegaram ao Nepal na noite de 24 de abril, após uma longa viagem de mochila às costas por vários países asiáticos. A aventura, julgavam, estava perto do fim. Quinze horas depois de aterrarem, o chão tremeu, matando quase nove mil pessoas.»
Não será mais correto utilizar aqui o gerúndio na sua forma composta, já que a morte das pessoas foi consequência do tremor de terra («o chão tremeu, tendo matado quase nove mil pessoas»)?
Como se deve dizer, «tenho de fazer», ou «tenho que fazer»? E porquê?
É possível escrever «Chegámos tarde, mas entramos com tudo»? Não me consigo entender com os meus colegas, que referem que a frase está correcta, mas na minha opinião o facto de termos dois tempos verbais diferentes deixa-me desconfiado, e soa-me muito mal (na minha opinião só com entrámos é que a frase ficaria correcta). Será que me pode esclarecer, por favor?
As minhas dúvidas são as seguintes:
1. Na frase «não se fazem queimadas no verão porque é a partir daqui que surgem grande parte dos incêndios», o verbo a negrito (surgir) está corretamente conjugado na 3.ª pessoa do plural, ou, pelo contrário, deve aparecer conjugado no singular (surge)?
2. Deve dizer-se «quando se faz fogueiras», ou «quando se fazem fogueiras»?
Grata desde já pela atenção dispensada.
Gostaria de tentar esclarecer uma dúvida relativamente à utilização do termo adequar ou adquirir.
Contextualizando:
Na definição de líquido diz-se, habitualmente, que estes adquirem a forma dos recipientes.
Na construção de uma frase relativa ao tema, escrevi o seguinte: «A água adequa-se à forma dos recipientes que a contêm.»
Foram várias as pessoas que se insurgiram contra a utilização do termo “adequa-se”. Sugerindo que se deve dizer, como é mais habitual, «A água adquire a forma dos recipientes que a contêm».
Não obstante a questão de se tratar (ou não) de um verbo defetivo, assunto sem consenso e por isso de livre escolha, considero que, pelo significado de cada uma das palavras, o termo mais correto será mesmo “adequa-se”, e não “adquire”.
Gostaria de obter a vossa opinião sobre esta questão.
Muito obrigado.
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