Vi recentemente um exercício de gramática que suscitou uma dúvida. No exercício pedia que se sublinhasse o complemento oblíquo: «Sempre que tem problemas, a Mónica recorre aos pais.»
Nas soluções do exercício aparece «aos pais» como complemento oblíquo.
No exercício seguinte era, então, pedido que substituíssem o complemento oblíquo por um pronome (precedido de preposição). Nas soluções aparecia «Sempre que tem problemas, a Mónica recorre a eles».
É possível dizer-se/escrever-se "recorre-lhes"? Se sim, não seria de considerar que "aos pais" é complemento indireto?
No mesmo exercício, numas alíneas à frente, aparecia a frase «Ele estava muito feliz com aquela notícia».
«Muito feliz» acredito que seja predicativo do sujeito por ser "pedido" por um verbo copulativo (estar).
Assim, qual seria a função sintática de "com aquela notícia"? Modificador?
Obrigada pela atenção.
Estou em dúvida nessas frases. Não seria correto o uso do pretérito perfeito?
A) Há poucas semanas, encontrávamo-nos para celebrar o Natal. Entre as luzes do presépio, renovávamos os votos de esperança.
B) Olhamos para o ano que se despedia, e ansiávamos pelo novo que receberíamos semanas depois. Todos naquela noite reconheceram que o ano fora turbulento.
Na frase B, não seria foi ao invés de fora?
Grata.
Podemos utilizar o advérbio talvez com o presente ou com o pretérito imperfeito do conjuntivo, sendo que com este último tempo verbal a ideia de dúvida é mais intensa e pode referir-se a ações presentes, futuras ou passadas.
Neste sentido, está correto dizermos "Não me sinto bem. Talvez deva/devesse ir ao médico agora." (valor de presente), ou "Estou doente. Talvez seja/fosse melhor ficar em casa amanhã" (valor de futuro).
Mas parece-me incorreto dizer "Ainda não sei onde vou de férias. Talvez fosse ao Brasil." ou "Talvez houvesse mais trânsito atualmente". Nestas duas frases, parece-me que apenas podemos utilizar o presente do conjuntivo.
Se assim for, em que circunstâncias temos de usar o presente ou o imperfeito do conjuntivo com o advérbio talvez?
Muito obrigada.
«Ele é o viajante que se orienta pelas estrelas.»
Nessa frase há a voz passiva sintética?
A expressão «pelas estrelas» é o agente da passiva em uma voz passiva sintética?
Na passiva sintética é correto usar o sujeito paciente antes do verbo como na frase acima (o viajante que se orienta) e nestas frases?
«Apartamentos se alugam.»
«Um erro se cometeu.»
«Casas se vendem.»
«Uma recompensa se ofereceu.»
Agradecia o seguinte esclarecimento e respectiva justificação:
«Vai fazer um ano em julho em que nos mudámos para cá»
ou «Vai fazer um ano em julho que nos mudámos para cá»?
Com em ou sem em?
Muito obrigada.
Encontramos a resposta a esta questão («Trocar ou destrocar?») aqui no Ciberdúvidas, que não deixa qualquer dúvida.
No entanto, há o caso de pedirmos a alguém para trocar moedas pequenas, trocos, por uma nota. Os trocos deixam de o ser.
Neste caso é aceitável, ou melhor, é correto usar a expressão «Destroca-me estas moedas?»?
E já agora (se possível questionar num mesmo post), a repetição daqueles pontos de interrogação acima é aceitável?
Na sequência «e crianças-rapazes pedindo», a ação é apresentada com valor aspetual imperfetivo ou iterativo?
Grata.
«Eles ficaram na padaria porque chovia», ou «Eles ficaram na padaria porque choveu»?
Qual das duas orações está de acordo com a gramática normativa?
Talvez ambas?
Qual destas formulações está correta?
«Quem canta assim é José Oliveira e Carlos Parreira»
ou
«Quem canta assim são José Oliveira e Carlos Parreira»?
Obrigada.
Recentemente, eu li uma definição que mexeu comigo. Aprendi a minha vida toda que um verbo de ligação mais um predicativo automaticamente pedem um sujeito (assim está na gramática de Pasquale e Ulisses).
Porém... o mundo não é feito apenas de 'coisas' boas e fáceis!
Celso Cunha e Lindley Cintra usaram uma definição que vai totalmente de encontro ao meu aprendizado:
«Nas orações impessoais o verbo ser concorda em número e pessoa com o predicativo.»
Repararam?
Oração sem sujeito+verbo de ligação+predicativo.
Ou seja, na frase «são 14 horas», eu tenho um predicativo sem sujeito?
Obs.: Luft também coloca predicativos sem sujeito em seu Dicionário Prático de Regência Verbal.
Desde já agradeço a enorme atenção que sempre tiveram com «curiosos da Língua Portuguesa».
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações