A grande parte das palavras que terminam em vogais e ditongos nasais, se não se escrevem com til (maçã, ação), grafam-se com -m (amam, imagem, pinguim, comum), desde que neste último caso não ocorra o -s do plural, o qual, ocorrendo, obriga a que se escreva -ns (imagens, pinguins, comuns).
Perdendo o -s, a forma verbal tens passa a tem, forma homónima de tem (em «ele tem»), e, portanto, deve-se escrever tem, como se escreve cem ou sem. Note-se que, em português, só se escreve -en no fim de palavras que exibem acento gráfico na penúltima sílaba: pólen, sémen (ou sêmen), dólmen. São palavras geralmente de origem culta ou estrangeira.
Nas palavras que têm história de transmissão contínua desde a Idade Média, dispensa-se o acento gráfico e, em nomes e adjetivos no singular, o som nasal final escreve-se -em: virgem, passagem, comem. Nos verbos, em construções com pronomes pós-verbais, também se aplica a mesma regra: «(isso) tem-me agradado», «(ela) tem-no ajudado», «(tu) tem-lo visto?».