Perspéctico
Será incorrecto escrever «espaço perspectico» e «dispositivo perspectico» para caracterizar quer o tipo de espaço visual concebido pela perspectiva geométrica quer o conjunto de saberes e técnicas que permitem essa construção? Os dicionários gerais que consultei consideram o termo inexistente. Se o é, qual será a melhor alternativa, «espaço em perspectiva» e «dispositiva da perspectiva»?
A colocação de pronomes átonos em frases interrogativas
Corre pelas televisões [portuguesas] um anúncio do BCP, onde o apresentador Jorge Gabriel dialoga com o barbeiro, o actor João d´Ávila, e este lhe pergunta:
— Que recomendas-me, Jorge?
A minha dúvida é a seguinte: «Que recomendas-me, Jorge?», ou, antes, «Que me recomendas, Jorge?»
Muito obrigada.
O uso de vós, novamente
Gostaria de saber a opinião de peritos sobre a seguinte questão:É correcto dizer, quando referido a um grupo (o mesmo grau de formalidade nos dois casos; amigos íntimos, por exemplo):«Vós quereis...»«Vós ides...»«Vós tendes...»ou «Vocês querem...»«Vocês vão...»«Vocês têm...»Tenho para mim que a segunda opção (o tratamento por você/vocês e utilização da terceira pessoa do plural) e o desaparecimento da segunda pessoa do plural (esta é ainda, mas ironicamente, ensinada na escola básica) é uma corruptela da língua induzida pela influência brasileira. Terei razão?Podemos ter o caso anedótico de uma professora ensinar «Nós comemos, Vós comeis, Eles comem» e rematar com «Perceberam?» em vez de «Percebestes?»?Obrigado.
«Oferece-se recompensa»
Está correto utilizarmos a partícula se na frase «Oferece-se recompensa»?
O uso dos pronomes interrogativos que ou qual
Eu gostaria de saber se existe alguma regra gramatical que determina o uso dos pronomes interrogativos que ou qual. A explicação das gramáticas normativas não estabelece a diferença entre quando se deve usar que e quando se deve usar qual. Será que nós usamos um ou outro de forma idiomática? Ou existe uma construção gramatical implícita quando se usa cada um destes pronomes?
Muito obrigado.
A forma de tratamento ajustada a Deus
Agradeço antecipadamente a vossa colaboração. Indo ao ponto, gostaria que me dessem alguma informação sobre a forma de tratamento ajustada a Deus. Quando nos dirigimos a Ele, que forma de tratamento utilizar? Questiono-vos por ter notado em alguns livros religiosos uma "salada russa descomunal" como podem verificar nestas duas passagens que vos envio: «... o Seu rebanho...», «... no Teu trono...»
Ainda «Meu nome inicia-se com P»
Volto à frase «Meu nome inicia-se com P» para fazer um breve comentário. O verbo iniciar-se, com o sentido de «ter início», só é empregado na terceira pessoa (singular ou plural). Os contra-exemplos apresentados pela Professora trazem esse verbo em acepção diferente. Se o se causa problema gramatical, considerado como pronome apassivador, a situação não é menos desconfortável quando é considerado pronome reflexo. Parece-me que a melhor identificação do se é como parte integrante do verbo. Foi essa a análise que obtive da Academia Brasileira de Letras.
Cordialmente,
O «se» de «Meu nome inicia-se com P»
Na oração «Meu nome inicia-se com P», já analisada no Ciberdúvidas, não é válido dizer que o se é partícula apassivadora? A oração dada não equivale a «Meu nome é inciado com P»? O verbo iniciar-se, com o sentido empregado («ter início»), não é conjugado somente na terceira pessoa (singular ou plural)?
Sobre as categorias sintácticas pro e PRO (Linguística Generativa)
Gostaria de obter informação sobre o formato de categorias sintácticas, nomeadamente a distinção entre "pro" e "PRO".
Grata pela atenção.
Sobre os determinantes possessivos
Gostaria que, através de exemplos, me explicitassem a diferença entre a 3.ª pessoa do singular e do plural (um só possuidor), e da 3.ª pessoa do singular e do plural (vários possuidores) dos determinantes possessivos. Que frases posso utilizar para proceder a uma clara distinção entre ambas?
Muito obrigada.
Sara Santos
