Quando não há verbo depois, usa-se, de acordo com a norma padrão portuguesa, o pronome ele ou si, neste caso: «o predomínio exercido sobre ele», ou «sobre si»?
Muito obrigado!
É possível misturar os pronomes vós e você/vocês em frases como estas?
I. Preparem-vos.
II. Não vos subestime.
Sempre grato pelo vosso trabalho, venho por este meio novamente pedir esclarecimento a uma dúvida gramatical que me surgiu.
Estou a fazer um exercício sobre o uso da estrutura estar + a + infinitivo, para ações em processo.
Há um caso particular em que devo utilizar o verbo pronominal vestir-se. A minha primeira resposta foi «nós estamos a nos vestir», pois, segundo o que estudei antes, a presença da preposição a exige que o pronome esteja antes do verbo. Contudo, a correção do livro mostra «nós estamos a vestir-nos».
Assim sendo, qual é a posição correta do elemento pronominal em dita estrutura?
Desde já, obrigadíssimo pela ajuda.
Pensava eu que só em Portugal se dizia «Para/a si, de si, por si, consigo» fora do valor reflexivo, mas leio Nelson Rodrigues e tenho uma surpresa com a reprodução dum diálogo:
«Dr. Alceu, reze menos por mim. Se quiser, não reze nada. Mas seja meu amigo. Apenas isso: — meu amigo. E, se insiste em rezar, vamos fazer uma permuta: o senhor reza por mim e eu rezo POR SI.»
A crônica foi escrita em dezembro de 1967, mas o facto deve ter ocorrido uns dez anos antes, pelo que conheço do coleguismo de Alceu Amoroso e Nelson Rodrigues.
A primeira pergunta é: o autor estava imitando um procedimento típico de Portugal ou já existia no Rio à época? Fico um tanto dúbio porque até a primeira metade do século XX lá ainda se usava a segunda pessoa do singular corretamente. Quando surgiu este valor do pronome si em Portugal? Isto é, quando deixou de ter só valor reflexivo?
Como classificar a oração iniciada por que em «É por isso que não se pode imitar»?
Obrigada.
Em «O leitor toma conhecimento apenas do que o detetive vê e ouve», «do que o detetive vê e ouve» é complemento nominal de conhecimento. O pronome relativo que é objeto direto, porque toma o lugar de «aquilo».
Mas se eu fosse analisá-lo dentro do complemento, poderia ainda usar a classificação de "objeto direto", ou há outra mais precisa?
«É uma obra para se ler, ver e ouvir.» = «É uma obra para ser lida, vista e ouvida.»
As frases acima (sinónimas) parecem ser gramaticais, mesmo sem a repetição do «se» apassivante, na primeira, e de «para ser», na segunda.
Já nos exemplos abaixo, a primeira frase parece ficar agramatical sem o «se» (complemento direto) do verbo «tornar-se», enquanto a frase equivalente é claramente agramatical pela mesma razão.
«Foi um jogador que se afirmou e tornou um craque.» = «O jogador afirmou-se e tornou um craque.»
Em que casos pode evitar-se a repetição do clítico se numa sequência/enumeração verbal em próclise?
Obrigado.
Sei que as conjugações verbais na segunda pessoa do plural são cada vez mais raras, principalmente na parte mais sul do país, incluindo-me, eu, nesses que não as empregam de forma natural no seu cotidiano.
Para contextualizar a minha questão proponho a análise de duas frases:
«Não se esqueçam.»
«Não vos esqueçais.»
A primeira é aquela que é mais comum nos dias de hoje e a segunda é aquela que, no meu entender, estaria, formalmente, mais correcta.
A minha questão é:
Como é que se deu esta evolução? Deveu-se à repetição recorrente de um "erro" até ao ponto em que foi integrado e aceite como correcto ou a sua forma pode ser considerada correcta?
Obrigado.
O consulente escreve conforme o Acordo Ortográfio de 1945.
Li o seguinte num jornal diário:
«Vítima identifica imediatamente agente condenado por o agredir.»
Será correcto dizer/escrever «condenado POR O agredir»?
Ou seria mais correcto dizer "«condenado por agressão», ou talvez melhor ainda «condenado por agredi-lo»?
Desde já o meu obrigado.
Estava eu assistindo ao filme O Pai Tirano, de 1941 [com realização de António Lopes Ribeiro], e ouvi um personagem dizer ao outro «Cê tá maluco»*.
Pensei que era só o Brasil que usava a redução.
Portugal também a usa, mas em que escala?
*Em 1:36:42 do filme.
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