Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: pronome
Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 3K

Na frase «Nós todos somos seus fãs», qual a função sintática do vocábulo todos na frase mencionada?

Obrigado.

José Arruda de Vasconcelos Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 5K

A forma «entre si» é empregada depois de substantivos?

Por exemplo, a sequência «da colaboração entre si resultou ótimo proveito» está correta?

Muito obrigado.

Sebastian Gost Estudante Miami, Estados Unidos 1K

A seguinte situação é-me um bocado confusa, pois lamentavelmente tenho dificuldade em parar de pensar de acordo com a gramática de um dos meus idiomas maternos, o espanhol.

No espanhol, é possível construir a frase imperativa «apriétense las manos!» ou «dense las manos!», pois no espanhol, estamos a mandar fazer essa ação reciprocamente.

Em português, não entendo porque só há de ser «apertem as mãos» e «deem as mãos» (versus estas supostas frases erradas segundo os nativos de português: “apertem-se as mãos” e “dêem-se as mãos.) Agradeço antecipadamente a vossa resposta.

Isabel Maria Pires Barbedo Professora Sintra, Portugal 1K

Numa ficha de 11.º ano vi o seguinte:

«Na frase "O silêncio assume a mesma importância QUE pode ter a música" (linha 27) o constituinte sublinhado é ( o constituinte sublinhado é QUE) (A) uma conjunção. (B) um determinante. (C) um pronome. (D) uma preposição.»

Na correção afirmam que o constituinte «que» é um determinante... Confesso que não entendo.

Gostaria, por obséquio, que me ajudassem a entender. Sei que pode assumir a classe de nome, preposição, pronome, partícula de realce, mas de determinante não consigo ver.

Muito obrigada!

Maria Martins Professora PLE Portugal 1K

O pronome pessoal se pode ter vários valores. Relativamente ao valor reflexo, sabemos que a ação cai sobre quem a praticou, por isso, verbos como vestiu-se, lava-se, deitar-se, etc., são fáceis de identificar. Sei também que a expressão «a si mesmo/próprio» é uma boa maneira de identificação.

A minha questão é sobre o que se passa em outros verbos, por exemplo, cruzar-se, intromete-se ou apercebeu-se.

A frase «Ele intromete-se (a si próprio) na vidas das outras pessoas» não me parece descabida de todo, no entanto, num livro de exercícios de gramática que estou a usar indicam que este se não tem valor reflexo, assim como nos outros verbos que mencionei.

Há alguma outra maneira de identificar mais facilmente o valor do pronome pessoal se?

Arthur Betim Estudante Brasil 4K

Desejo saber se é gramaticalmente aceito em Portugal «enquanto me dirigia-lhe».

Sei que é válida a soma de pronomes oblíquos como em «deparou-se-me» ou «agradecer-to-ei», coisa que não é válida no Brasil.

No entanto, a presença de enquanto antes do pronome oblíquo me exige a próclise. Assim, qual das possibilidades é verdadeira?

1. Enquanto lhe dirigia-me.

2. Enquanto lhe me dirigia.

3. Enquanto me lhe dirigia.

4. Enquanto me dirigia-lhe.

5. Enquanto me dirigia a ela.

Felicíssimo pela atenção da equipe do Ciberdúvidas. Sempre me ajudam prontamente quando necessito.

Moacir Siqueira Jr Funcionário público São Paulo, Brasil 2K

Causou-me estranheza parte dum texto com que me deparei hoje:

«Lisboa era visitada por gente de todo o mundo e para ela convergiam pessoas ilustres e foi difícil deixá-los de fora: embaixadores, aristocratas, pobres, prostitutas, amas, até um macaco. Não resisti a tornar todos eles personagens numa Lisboa protagonista absoluta.»

Não deveria ter sido usado o pronome clítico os em vez de eles como complemento do verbo tornar («torná-los todos personagens»)?

Aproveito o ensejo para parabenizar a equipe do Ciberduvidas pelo inestimável serviço que presta ao nosso querido idioma.

Raquel Sousa Dramaturga Porto, Portugal 3K

Se chamamos «plural majestático» ao que usamos quando nos dirigimos, por exemplo, a um rei, como podemos chamar ao plural que se usa, frequentemente, em comunicação científica?

Muito obrigada.

P.S.: Aproveito para agradecer este 25 anos de Ciberdúvidas. Recorro muitas vezes à vossa plataforma! Obrigada!

Alberto Sousa Estudante Porto, Portugal 3K

Ao ler a frase "Proteja-se a si e aos outros" fiquei com uma dúvida. Qual a razão para usar "a si" e "aos outros"?

Na frase "Proteja-se a si e aos outros" usamos "a si" porque o pronome pessoal reflexo "si" vem acompanhado da preposição "a". Logo, dizemos "Proteja-se a si" tal como dizemos "Convido-o a si". Mas qual é a lógica da segunda parte, "proteja aos outros"? Qual é o papel da preposição "a" contraída com "os outros" neste exemplo, sabendo que "proteger" não é regido pela preposição "a"?

Compreendo que digamos "Vi-o a si ontem", para reforçar o interlocutor, mas não percebo o sentido na frase que agora aparece em muitos cartazes. É que julgo que a frase "Proteja aos outros" não faz sentido.

Parece-me mais correto dizer: "Proteja-se e proteja os outros" ou talvez "Proteja-se a si e proteja os outros". Julgo que é a mesma em "Encontrei-te a ti e aos outros", pelo que deduzo que "a mim/ti/si e aos outros" seja uma fórmula que não depende do verbo que a antecede.

Obrigado pelo esclarecimento!

Adélia Palma Professora Portalegre Fortios, Portugal 2K

Qual das frases está correta? Ou estarão as duas?

«Todos os que estavam com ela sorriam e a acarinhavam.»

«Todos os que estavam com ela sorriam e acarinhavam-na.»