Qual a forma correcta: «Há quem diz» ou «há quem diga»? «Houve quem disse»
ou «houve quem dissesse»?
Depois de «embora» e «ainda que» em Portugal só se usa conjuntivo quando a acção não foi realizada e no Brasil sempre, é verdade? Encontrei essa informação numa gramática... Outra gramática que tenho diz que sempre se tem de usar conjuntivo. Então as frases: «Embora “tinha” escurecido decidi ir ao jardim» e «Ainda que “percebi” que estava sozinha, fugi» – estão correctas ou não?
Obrigada pela ajuda!
O que são orações relativas e causais começadas por «que»?
O que é a morfologia e a conjugação perifrástica?
Agradecia que me esclarecesse se a frase seguinte está correcta quanto aos seguintes aspectos:
«Os passaportes eram vendidos por pouco mais de mil dólares, apurou a PJ que acredita ainda que pelo menos quatro indivíduos, de ambos os sexos, estejam ainda a monte.»
1 – «quatro indivíduos, de ambos os sexos» poderá levar a pensar em quatro indivíduos com características dos dois sexos? Pois a ideia que se quer transmitir é: dois rapazes e duas raparigas; ou, um rapaz e três raparigas, etc.
2 – o tempo verbal de «estejam» estará correcto? Ou deverá ser: «estivessem a monte»; «estão a monte»;«estariam a monte»?
Obrigado.
Gostaria de começar por lhes agradecer a ajuda que me têm dado na resolução das muitas dúvidas que a língua portuguesa levanta. Muito obrigada!
Entretanto, aqui lhes coloco mais algumas questões:
1. Não encontrei na nova Terminologia linguística o conceito de conjugação perifrástica. Deve continuar a ser considerado? Será que a análise do aspecto verbal e dos valores modais substitui o estudo da perifrástica?
2. Quando, numa frase, surgem os verbos modais dever e poder, estes devem ser encarados como meros auxiliares ou devemos vê-los como núcleo de um grupo verbal e seleccionando uma oração não finita como complemento directo?
Assim, a frase «Devo trabalhar» deve ser analisada como uma frase simples ou complexa?
3. Como analisar sintacticamente frases do tipo «Cansada, ela calou-se»?
Muito obrigada.
A frase «Pensaste sobre o que eu te tinha dito?» parece-me incorrecta porque acho que há uma discordância entre os tempos verbais; no entanto afirmaram-me que estava certa.
O que podem dizer-me?
Muito obrigada.
Podiam-me explicar algo sobre o emprego da forma perifrástica, numa frase como «... caso Cavaco chegue à Presidência de República (não irá) "chatear" J. Sócrates...», em vez de «... vai "chatear"...? Qual é a diferença?
Pela resposta, obrigado.
Gostaria que me esclarecessem esta minha dúvida. Por vezes ao referir-me ao futuro não sei como conjugar o verbo pois tanto ouço dizer "irei procurar" como "procurarei". Assim a minha questão é:
Qual a forma correcta?
Os meus parabéns pelo vosso site!
Várias realizações da língua portuguesa são explicadas pela analogia. Vejam-se exemplos em «teu» e «seu», que se formaram por analogia com «meu» e não seguiram a evolução directa a partir de ‘tuum’ e ‘suum’. Ora no pretérito imperfeito do indicativo (como, aliás, noutros tempos) do verbo dizemos «cantávamos» (não "cantavamos") e «cantáveis» (não "cantaveis") por analogia com as formas anteriores do mesmo tempo verbal. Porque não fazemos o mesmo no presente do conjuntivo: *Cântemos, *cânteis?
Muito grato ficaria com a vossa amável resposta.
No artigo de Edite Prada em Ciberdúvidas O conceito de aspecto linguístico 1 , ela não menciona a existência de aspecto perfeito (diferente do aspecto perfectivo). Acho que este aspecto existe em português, porém tem uma importância reduzida em comparação com o papel que tem em outras línguas romanas. Se aceitamos que o aspecto é a relação não dêictica entre dois intervalos de tempo, o aspecto perfeito é a variedade aspectual que focaliza os resultados de uma ação. No aspecto perfeito resultativo, falamos do resultado de um único evento. Ofereço os seguintes exemplos de frases em português que para mim expressam o aspecto perfeito resultativo:
(1) Doroti confirma que já têm chegado vários protestos de quem transporta os idosos. (já têm chegado = aspecto perfeito resultativo)
(2) Quando Isabel chegou, Suely já tinha saído. (já tinha saído = aspecto perfeito resultativo)
(3) Às 21h00 uma amiga enfermeira que tinha-me encaminhado a um médico de posto de saúde ligou para ele mas este já tinha ido embora. (já tinha ido embora = aspecto perfeito resultativo).
Os senhores concordam com minha análise de estas frases?
Eugênio Geppert
Florida
EUA
1O consulente parece ter feito uma confusão, porque a resposta a que se refere é de Carlos Rocha. No entanto, a consultora Edite Prada, que é autora da resposta O aspecto dos verbos acedeu amavelmente em responder.
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