A regência de dificuldade
O nome dificuldade pode requerer as preposições de/em. A estrutura sintática apresentada está correta?
«Há pessoas que têm mais dificuldades A ler longos textos.»
Obrigado.
Uma frase de A. Herculano: «quis nas coisas filológicas»
Ao prefaciar o Dicionário Etimológico Resumido da Língua Portuguesa do prof. Antenor Nascentes, o prof. Celso Ferreira da Cunha escreveu isto (mantendo-se a grafia da época):
«Ao chegar a êste ponto de uma vida inteiramente devotada à ciência [...], o professor Nascentes teria o direito de exclamar, aplicando ao seu campo de atividade a célebre frase de Herculano: "Fui um homem que quis nas coisas filológicas".»
Qual é o significado de querer como consta na frase citada por Celso, uma vez que o verbo, no contexto em questão, rege uma peculiar preposição em?
Já procurei em diversos dicionários, e não encontrei uma definição satisfatória; suponho que o verbo "querer", na frase, assuma o mesmo sentido de «realizar-se», mas não tenho a certeza.
Desde já, agradeço: aprecio muito a iniciativa do Ciberdúvidas!
«Segurança no trabalho» e «segurança do trabalho»
Qual a forma correta: "segurança no trabalho" ou "segurança do trabalho"?
A sintaxe do nome entrevista
Começando por agradecer o ótimo e muito útil trabalho do Ciberdúvidas, que consulto muitas vezes, peço que me esclareçam, por favor, sobre a forma correta de referenciar uma entrevista.
Imaginando que o jornalista Santos entrevistou o ministro Silva, devemos referir a situação como:
– Entrevista do ministro Silva ao jornalista Santos
ou
– Entrevista do jornalista Santos ao ministro Silva?
Muito obrigada.
A regência do nome chance
Qual dessas opções todas é a melhor do ponto de vista gramatical? E por quais motivos isso também no caso?
1) Ele teve a chance DE ser promovido, e a jogou fora.
Ou:
2) Ele teve a chance EM ser promovido, e a jogou fora.
Ou: 3) Ele teve a chance PARA ser promovido, e a jogou fora.
Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
O verbo informar e a voz passiva
Pergunto se esta frase está correta:
«A doença deve ser informada por escrito pelo trabalhador.»
Não deveria ser "comunicada"?
Se passarmos da forma passiva para a ativa, temos «O trabalhador informa a doença por escrito».
Quando se informa, informa-se alguém, o que não acontece no exemplo apresentado.
Grata.
A expressão «à memória»
Sei que o tema já foi aqui trazido, mas sem contextualização.
Tenho, infelizmente, passado algum tempo num determinado cemitério e tenho ficado intrigada com o facto de as lápides das campas e dos ossários dizerem todas «À memória de».
Contudo, nas placas colocadas nos ossários – em particular, mas não só –, existe a nítida intenção de recordar alguém e não, propriamente, a de homenagear ou dedicar o espaço / a placa a alguém.
Assim, no meu entender, a inscrição mais correta deveria ser «Em memória de» fulano tal, em vez de «À memória de...», mas não tenho encontrado nenhuma que corrobore o meu ponto de vista.
Será que estou enganada?
Verbos de regência múltipla
Como se chama um verbo com múltiplas regências? Verbo "multifuncional"? "Multirregido"? "Multifocal"?
O verbo indicar é um exemplo:
1) Eu o indiquei para o cargo.
2) Eu lhe indiquei ficar longe daquela pessoa.
3) Ele se indicou para o papel no cinema.
Como dizer só em um ou só em poucos termos que é um verbo "multiúso"?
Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Doutorando com preposição
Estou a terminar um doutoramento numa instituição e gostaria de saber se devo dizer que sou "doutoranda nessa instituição" ou "doutoranda dessa instituição".
Muito obrigada.
O verbo confrontar, de novo
Em relação à semântica do verbo confrontar, é possível dizer-se «O medo é perder a esperança e não estar preparado para confrontar os seus temores»?
Obrigado.
