Os dicionários gerais da língua portuguesa (Houaiss e Aurélio, por exemplo) dão como obscura a origem do verbo enxergar. Há algum indício (ainda que de etimologia popular) para formação deste verbo?
Em relação a uma pessoa cujo cônjuge morreu pode dizer-se «viuvou» ou «enviuvou»? Ou ambas as expressões são válidas?
Os nomes específicos das notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) são considerados nomes comuns, correcto? Antes do Acordo Ortográfico de 1990, apesar de grafados em minúsculas, será que dó, ré, mi, fá, sol, lá, si podiam ser classificados como nomes próprios, considerando que designam o nome individual de cada uma das notas, à semelhança do que acontecia com o nome individual dos meses do ano?
Gostaria de saber se é correto dizer «autarquia local» ou se a expressão é redundante, pois, em meu entender, autarquia já tem um âmbito geográfico restrito a uma localidade.
Obrigado pelo vosso esclarecimento.
Existe a variante "ouriço-caixeiro"?
Obrigada.
No Dicionário Enciclopédico de Teologia, do Prof. Arnaldo Schüler (Editora da ULBRA, Canoas, 2002. p. 172), lemos, no verbete édito: «Ordem judicial tornada pública através de editais ou anúncios»; em edito, temos: «Paroxítono. Norma, lei, determinação oficial, decreto, ordem. P.ex.: Edito de Milão (q.v.). No direito romano, complexo de normas jurídicas.» A obra traz, como aponta a abreviatura q. v. (quod vide), o verbete "Edito de Milão".
Dicionários como o Caldas Aulete e o Priberam corroboram as diferenças conceituais apontadas para esses parônimos (não contemplam, todavia, o exemplo "Edito de Milão").
Minha dúvida reside sobre o assim chamado Edito de Milão. Além do compêndio de Schüler, sei que no meio eclesiástico (o "site" do Vaticano é um exemplo), é comum que se empregue o termo paroxítono para se referir ao decreto imperial que deu liberdade de culto a todos no Império Romano em 313, tornando, por conseguinte, o cristianismo uma religião lícita. A língua italiana também faz distinção (vide, p.ex., o Vocabolario Treccani on-line ou o Dizionario di Italiano on-line do Corriere della Sera) entre edito (pronúncia proparoxítona, com o mesmo sentido do nosso acentuado édito) e editto (pronúncia paroxítona, com o mesmo sentido da palavra portuguesa edito).
Gostaria, pois, de confirmar a grafia Edito de Milão (e não "Édito de Milão", como registram alguns textos, a meu ver erroneamente).
Agradeço, desde já, a gentileza da atenção.
Qual o significado da expressão «flagrante delitro»?
Obrigado.
Venho por este meio sublinhar um erro frequente cometido pelos jornalistas portugueses na referência aos arrondissements que são traduzidos por bairros. Ora, é consabido que bairro não é por regra uma divisão administrativa mas sim um lugar que é conhecido pelas suas particularidades, ao invés do termo arrondissement que é gerido administrativamente e no caso de Paris por vinte juntas de freguesia. O termo equivalente em português, freguesia corresponde amplamente ao que os franceses referem por arrondissement e à semelhança como se procede à divisão administrativa das cidades portuguesas.
Tenho algumas dúvidas sobre a formação do feminino do nome tigre. Já consultei algumas gramáticas e dicionários que apontam para «tigre fêmea» como sendo a forma correta (como é o caso da Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha). No entanto, em alguns casos, também se verifica a forma tigresa como sendo o feminino de tigre. Devo aceitar tigresa como feminino de tigre?
Que significado poderá ter a palavra busões na frase seguinte : «[T]odas essas cantilenas são cheias de busões, fanatismos, superstições, terrores e corcundismos.»
Muito obrigado.
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