Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Expressões idiomáticas
Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 7K

Acabo de ler, numa crónica de Miguel Esteves Cardoso [em Os Meus Problemas], «esta mula russa gosta que a gente o chame Arquitecto». A minha dúvida prende-se com «mula russa». Deve ser «russa» ou «ruça»? E, já agora, conhecem a origem desta expressão tão interessante, que nunca tinha lido?

Muito obrigado!

Maria Taborda Socióloga Lisboa 1K

Ultimamente ouço pessoas (sobretudo adolescentes, em particular o meu filho) usar a expressão “meter graça”.

Não me parece uma alternativa correta à expressão “ter graça” e gostaria de pedir o vosso esclarecimento.

Obrigado.

Farajollah Miremadi Engenheiro Lisboa, Portugal 19K

Podiam dizer-me o significado da expressão sublinhada na segunda frase no diálogo?

– Eram dois ladrões. Foram presos na sexta-feira.

Já não era sem tempo, mas, se calhar, daqui a três ou quatro meses já estão cá fora outra vez e voltam a fazer o mesmo.

Malgorzata S. Professora Warszawa, Polska 2K

Gostava de conhecer a etimologia da expressão «tens cada uma».

Poderiam explicar-me, por favor, qual é a origem dela e os possíveis usos? Muito obrigada.

Ana Maria Graça Professora Sevilla, Espanha 4K

Em espanhol a expressão saber a gloria indica que uma comida é muito boa ou um facto é muito aprazível.

Como tradução ao português, no dicionário da Infopédia, encontrei a expressão «saber-lhe pela vida».

No caso de se usar, seria correto conjugar o verbo, por exemplo: «sabe-me pela vida»?

Obrigada.

Gustavo Correia Estudante Portugal 16K

Qual a origem da expressão «até mais» (despedida)?

Esta expressão representa um registo linguistico mais formal ou informal?

Obrigado.

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 6K

Estou a tentar adaptar um livro da variante brasileira do português para o português de Portugal. É realmente um desafio, porque parecem dois idiomas distintos...

Será que me podem ajudar a resolver uma expressão?

Trata-se de uma pessoa que entrou num movimento que acabou por não singrar (o movimento). A autora diz-nos que «o movimento não resultou e a pessoa x DEIXOU QUIETO».

O que significa «deixar quieto», neste contexto?

Já agora, conhecem algum bom instrumento para resolver este tipo de problemas de adaptação?

Muito obrigado.

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 6K

Gostaria de saber, por favor, se a expressão «por baixo dos panos» está registada em Portugal. E, já agora, aproveito para perguntar se existe algum livro recomendável para a consulta de expressões deste género e dos seus fundamentos (algumas expressões são menos intuitivas).

Muito obrigado.

Rodolfo Rivotti Professor de filosofía de vida Buenos Aires, Argentina 21K

Quais são o significado e a origem da expressão «o caminho das pedras»? O significado popularizado no âmbito, por exemplo, do marketing digital é o de que se trata da melhor forma de conseguir um determinado resultado; aquele caminho que só os mais experientes têm etc.

É original esse significado?

Muito obrigado.

José Sousa Lisboa, Portugal 2K

Acerca das várias respostas dadas pelo Ciberdúvidas sobre «ir ao encontro» vs «ir de encontro», gostava de vos expor este meu raciocínio de mera intuição linguística.

Eu ir de encontro a alguém na rua é dar-lhe um encontrão, é ir contra ele. Não há qualquer dúvida quanto a isso. Agora «ir de encontro» ao que o alguém pensa ser «ir contra» o que essa pessoa pensa já me parece ser uma transposição demasiado literalista de uma expressão usada no plano físico, transposta abusivamente e com o mesmo sentido para o plano das ideias. Até porque as ideias não andam aos encontrões umas às outras...

Sinto o «ir ao encontro» e o «ir de encontro» ao que alguém pensa como expressões de valor equivalente. O «ir ao encontro» implica um percurso, um caminho, algo mais lento, o «ir de encontro» ao que alguém pensa como algo mais imediato e forte, uma espécie de: Bingo. É isso mesmo!

É o que me diz a minha sensibilidade linguística, admito que numa interpretação bastante própria. Sei que o Ciberdúvidas não concorda com ela, mas gostava, mesmo assim, de saber, se a acham demasiado abstrusa...

Eu, francamente, acho algo sui generis considerar «ir de encontro» ao que o alguém pensa como «ir contra aquilo que essa pessoa pensa»...