É um topónimo de origem obscura.
A forma deste topónimo varia entre «quinta do Manho» e «quinta de Manhos», pelo que é possível apurar numa consulta Google. Tratar-se do mesmo lugar, uma vez que o código postal associado é o mesmo: 5100-105. O topónimo é igualmente mencionado numa página sobre águas termais no distrito de Viseu ((https://www.aguas.ics.ul.pt/viseu_outras.html)), na qual se escreve que "Manhos" se encontra «no cruzamento da Estrada de Lamego para Resende no local Relógio de Sol», ao que parece, na antiga freguesia de Almacave.
Nas fontes de que dispomos, apenas o Dicionário Onomástico Etimológico, de José Pedro Machado, faculta algumas pistas, as quais, no entanto, não dizem diretamente respeito ao topónimo e ao lugar em questão:
-- Refere-se um "monte manio", forma que poderia ter a hoje a forma "Manho", nas Inquirições de Afonso III, que se encontram nos Portugaliae Monumenta Historicae -- PMH (Inquisitiones, p. 578), que parece situar-se a norte do Douro, nas imediações de Penafiel (distrito do Porto). Nas fontes disponíveis, não há registo atual de um topónimo com a forma "Manho".
-- Também nos PMH, mas nos Livros de Linhagens (Scriptores, p. 269), se regista a forma "Manho", mas como nome próprio, de um nobre da linhagem dos Castanheda, Manho Guterres. Acresce que o portal Geneall regista como apelidos "Manho" e "Manhos", usados por pessoas que viveram entre o século XVII e começos do século XVIII.
É possível que "Manho" tenha origem no latim "magno" («grande»), como sugere Machado no seu dicionário (cf. supra), mas a origem deste nome parece incerta.
O facto de ter registo como apelido permite também pensar que o topónimo lamecense tem, portanto, origem no nome, mais concretamente, no apelido, de um proprietário, o que converge com o facto de o topónimo ter associado o nome "quinta", de denotação fundiária.
O registo de topónimos com a forma radical "manh-" em casos como o de Manhente (Barcelos) e Manhão (Marco de Canaveses), em Portugal, e os de Mañente (Pantón, Lugo) e Mañón (Ortegal, Corunha), na Galiza, sugere alguma relação com "Manho"/"Manhos", mas não foi aqui possível confirmar tal hipótese.