Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Pronúncia
Alejandro S. Carballada Informático A Corunha – Barcelona, Espanha 8K

Gostava de saber se existe uma pronúncia-padrão para o grupo consonântico "sc" (como crescer, nascer). Eu achava que era preciso pronunciar -ss- em todo o caso, mas acho que tenho ouvido ultimamente uma pronúncia /sh/, como em italiano (então, "nacher", "crecher"). Poderiam falar-me um bocado neste "sc", na sua etimologia e na sua pronúncia?
Além disso, acho que também tenho ouvido dizer "cinza" como "chinza". Isto é dialectal, padrão ou apenas uma alucinação minha?

Muito obrigado.

Edlane Brandão Estudante Itabuna, Brasil 11K

Como podemos definir ditongo nasal átono?

 

Ana Luísa Freitas Barbosa Professora Recife, Brasil 3K

Lendo trabalhos escolares da escola onde hoje leciono, deparei com um texto redigido por aluno e corrigido por um professor.

Texto do aluno: «Que motivos tenho eu para ESTAR falando sobre isso?»

Correção do professor: «Que motivos tenho eu para ESTÁ falando sobre isso?»

Sempre escrevi como o aluno escreveu. No meu raciocínio, se a locução equivale a falar, que está no infinitivo, o verbo auxiliar deve seguir a lógica desse verbo, atendendo ao seu tempo e ao seu modo. Assim aprendi. No caso, o infinitivo estaria flexionado na 1.ª pessoa do singular e, por isso, não apresenta desinência número-pessoal, o que dá a ele a aparência de um infinitivo não flexionado.

Questionado o professor, fui procurada por ele, que me afirmou o seguinte: «Trata-se de uma locução verbal, que equivale a "falar". Você deve estranhar o fato de a primeira pessoa do singular estar aqui, mas, como eu não poderia dizer "quem sou eu para ESTOU aqui", flexiono o verbo na terceira pessoa do singular, uma vez que o verbo auxiliar TEM DE ESTAR flexionado.»

Afinal, estou equivocada ao afirmar que o verbo estar, na frase «quem sou eu para ESTAR falando sobre isso» está, sim, flexionado? Ao que me consta, ele está na 1.ª pessoa do singular no modo infinitivo (no caso, pessoal e flexionado).

Por favor, gostaria de dirimir essa questão.

Fernando Rodrigues Comerciante Vial Nova de Gaia, Portugal 3K

Gostaria que o sr. D´Silvas Filho, que é sempre tão pronto a defender o chamado "acordo ortográfico", esclarecesse como se vão pronunciar (e se vai ensinar às "criancinhas coitadinhas" a pronunciar) palavras como "exceção", "aceção", "conceção", "excecional", "concecional", "recetivo", "receção" (ou será "recepção"? Mas nesse caso não deveria ser "receptivo"?).

Enfim, penso que já deu para perceber. É que eu não diviso qualquer regra que permita abrir as vogais destas palavras (e das muitas outras cuja grafia pretendem alterar).

Ana Alfredo Documentalista Maputo, Moçambique 9K

Toda a informação a que já tive acesso sobre as palavras proparoxítonas refere que o acento tónico recai na antepenúltima sílaba e que é marcado graficamente. Assim sendo, tenho dificuldades em classificar a palavra maresia, pois ela apresenta características de uma falsa esdrúxula, no entanto não leva acento gráfico. Pode alguém explicar-me o que realmente acontece com esta palavra?

Obrigada!

Susana Pereira Estudante Lisboa, Portugal 7K

Será correcto pronunciar as palavras soubeste, soubesse como "sóbeste", "sóbesse"? Não será correcto na oralidade abreviar o "ou" para "ó", como quando dizemos por exemplo «dois "ó" três...» ou mesmo «p'rá e p'ró»? Aliás, nós no Sul [de Portugal] nunca pronunciamos "ou", mas sim "ô", logo no máximo diremos "sôbesse"…

António Matias Coelho Professor de História Golegã, Portugal 7K

Deve dizer-se (e escrever-se) "polícromo", ou "policromo"? A palavra é esdrúxula, ou grave?

Obrigado.

Wilson Ruiz Analista São Paulo, Brasil 10K

Estou com uma dúvida e gostaria de saber se você, por gentileza, pode me ajudar.

Como devemos pronunciar palavras de outro idioma introduzidas em um texto em português, a palavra deve ser pronunciada respeitando a pronúncia correta do outro idioma ou pode ser pronunciada da maneira que se escreve, aportuguesadamente?

Muito obrigado.

Luís Graça Professor do ensino superior universitário Lisboa, Portugal 6K

A toponomia da Guiné-Bissau é fonte de grande confusão para os falantes da língua portuguesa. Já aqui em tempos levantámos a questão da grafia de Guileje/Guilege/Guiledje... Ainda recentemente participei num Simpósio Internacional de Guiledje (e não Guileje), em Bissau (1 a 7 de Março de 2008).

Há dias passou na televisão (SIC) e foi publicado num semanário (Visão) uma reportagem sobre Guidage, e a exumação e a identicação de restos mortais de militares portugueses, que lá morreram e ficaram sepultados, em Maio de 1973... Eu costumo seguir a fixação dos topónimos feita, na antiga Guiné portuguesa, pelos nossos magníficos cartógrafos militares. Mas também eles erra(va)m. Consagraram duas grafias para esta obscura povoação no Norte, na zona fronteiriça, junto ao Senegal, povoação onde havia um aquartelamento português no tempo da guerra colonial/guerra do ultramar. Guileje e Guidaje são hoje dois topónimos que fazem parte da história de ambos os países, a Guiné-Bissau e Portugal... Seria bom que nos entendêssemos sobre a sua grafia correcta...

Ver as cartas sobre Guidage/Guidaje, disponíveis em linha, a partir do meu blogue:

Luís Graça & Camaradas da Guiné

Carta da Província da Guiné, 1961 

Carta de Guidaje, 1953

Parabéns pelo vosso magnífico trabalho em prol da língua portuguesa e dos falantes da língua portuguesa (tão pouco falada, infelizmente, na Guiné-Bissau).

Catarina Martins Reda{#c|}tora Lisboa, Portugal 8K

Gostaria de saber se a palavra táctica foi alterada pelo acordo ortográfico e passou a escrever-se "tática".

Obrigada.