Nos casos em que o significante não tem mais do que uma prosódia, não há problema (ex.: *excessão não existe, logo exceção só pode pronunciar-se ¦excèção¦). Nalguns casos, a consoante gráfica usada depois da vogal pode ser útil para dar uma ideia da abertura ou fecho desta (ex.: graficamente conceção ¦è¦} será diferente de concessão ¦e¦).
Repare que muitas vezes o contexto deverá ajudar na pronúncia, como actualmente já acontece em alternativas do tipo pegada ¦é/e¦, cor ¦ó/ô¦, colher ¦é/ê¦, etc., etc.; e note que não foi a perda do acento que fez emudecer o o em avozinha ou somente (argumento dos "contra" também apresentado na altura).
Nos termos em que fez a sua pergunta, parece que o sr. Rodrigues continua inconformado com o novo acordo. Para mim, a luta acabou. Aprovado o II Protocolo, não entrarei mais em debates para minimizar objecções ao novo acordo, que, embora ponderáveis, não são determinantes em relação à necessidade de Portugal acompanhar os outros países na nova grafia da língua portuguesa.
Respondo-lhe porque a questão que nos pôs se enquadra nos problemas de aperfeiçoamento da aplicação da nova ortografia; e isso, sim, deve continuar a preocupar-nos a todos nestes seis anos de adaptação.
Termos do novo acordo para Portugal: atualmente, objeções, exceção, conceção.