A pronúncia de nomes próprios de origem germânica (Genserico)
Genserico (rei vândalo), pronunciado com o segundo e aberto, constitui mais uma das diárias evidências do analfabetismo da empresa Ideias e Letras (tradução e locução) que inquina o Canal de História (temático).
No que se refere aos nomes de alguns reis bárbaros, desde os meus 12-13 anos, lembro-me bem de que ouvi sempre os meus professores pronunciá-los como palavras graves (paroxítonas). Assim ensinaram-me a dizer Alarico, Teodorico, tal como Eurico, Frederico, julgo que correctamente.
Pasma-se como o asinino tradutor seguiu, julgo, a entoação anglo-saxónica. Estarei estes 60 anos todos em engano, ou será o Canal de História que tem razão?
Tenho uma certa urgência em tirar isto a limpo porque tenho um antigo colega da faculdade (CL) chamado Eurico e um inimigo de estimação Frederico…
A pronúncia do nome científico da bactéria Escherichia coli
Como se deve ler (pronunciar) o nome científico da bactéria Escherichia coli? Sempre pensei que o ch fosse lido como "que". Assim seria "Esqueriquia coli". Mas a pronúncia mais frequente entre professores é "Exerixia" (aqui o x não se lerá "cs" mas sim "ch", que só substituí para realçar a dúvida). E como se pronuncia o e inicial: lê-se "Éssequeriquia"?
Antecipadamente grata.
Ainda a pronúncia da palavra blister
Fiz, há dias, a seguinte pergunta: «Como se pronuncia a palavra blister? Tem acento grave ou agudo?» Penso que a pergunta estará identificada pelo n.º 25 587 e foi respondida por Carlos Rocha.
Fiquei, porém, algo decepcionado com a resposta, que não correspondeu às minhas dúvidas.
Em primeiro lugar, argumenta-se que é uma palavra inglesa. Porém, como se argumenta na resposta, da vossa responsabilidade, à pergunta 15 205, «O “blister” é muito utilizado na indústria farmacêutica, para acondicionar os comprimidos, as drageias ou as cápsulas.» E não me recordo da sua utilização entre aspas, pelo que ela já está efectivamente a ser aportuguesada. Ou seja: a palavra é de uso frequente, mesmo que ainda não esteja no dicionário da academia, pelo que interessa saber pronunciá-la.
De seguida, argumenta-se com a pronúncia constante do Dicionário Houaiss, de origem brasileira. Ora, segundo sei, esse dicionário é muito conceituado, mas não terá uma tendência para a pronúncia brasileira? Que tantas vezes difere da portuguesa?
Por estas razões, reformulo a minha pergunta: caso a palavra blister já esteja (ou venha a ser) aportuguesada, como se pronunciaria? Não seria mais natural que tivesse acento tónico agudo, à imagem de clister, mister ou Almoster?
A pronúncia da palavra freeport
Como se lê a palavra "freeport"?
Pronúncia de ideia, paranóico e asteróide no português europeu
É verdade que, no português europeu, a palavra ideia rima com aldeia e que nas palavras paranoico, asteroide, europeia não há ditongo aberto, como no Brasil?
Obrigada.
O sistema de transcrição Hepburn do japonês e a fonética portuguesa do Século XVI
O sistema de transcrição fonética Hepburn estará por alguma forma relacionado com a fonética portuguesa do século XVI através da transliteração organizada pelos monges jesuítas portugueses que viviam no Japão naquela época? Pergunto isto, porque a designação japonesa dada em caracteres latinos que eu conheço como “Dojotyo” (director ou responsável que preside um “dojô” = recinto de prática religiosa ou arte marcial), quanto eu sei, deve ser proferida “dô-jô-tchiô”, pois a consoante /t/ representada no grupo fonético “tyo” com o apoio da semivogal /y/ é palatalizada, tal como ainda hoje boa parte dos brasileiros pronuncia o vocábulo /tio/ (tchio) designação para irmão dos pais, porém diferençado apenas pelo quase emudecimento da semivogal /y/ do japonês /tyo/ que se realiza nesse contexto quase como “tcho”. Como eu também sei que os japoneses durante a Segunda Guerra Mundial usaram um sistema de criptografia baseado precisamente nessa transliteração organizada no século XVI, creio que não será nada extraordinário que o americano Hepburn o tenha rebuscado no século XIX.
A transcrição fonética de pêlo, pelo, pela e como (verbo comer e conjunção)
Qual a transcrição fonética das palavras seguintes: pêlo, pelo, pela, como (verbo comer), como (conjunção)?
Obrigada.
A pronúncia de toxicodependente
Deve escrever-se "toxicodependente", ou "toxico-dependente"?
Que acentuação?
Que pronúncia?
Sequências vocálicas em área e água
Gostaria que me esclarecessem como se classificam as palavras terminadas em ditongo crescente. Já houve até quem considerasse, por exemplo, área como esdrúxula e água como grave, usando o argumento de que o gu- não se pode separar do a.
Sei que estas palavras são consideradas como falsas esdrúxulas, ou falsas proparoxítonas, mas se se tiver de ensinar a um aluno do ensino básico, ou mesmo de ensinos subsequentes, como devemos classificá-las?
Já agora, como se pronunciam os oo de proparoxítona e de paroxítona antes da sílaba tónica?
Obrigado pela vossa atenção e paciência.
A pronúncia de voo, enjoo, perdoo, etc.
Já é sabido que no Norte de Portugal se pronuncia riu e rio de maneira diferente ([riw] e ['ri.u], respectivamente), enquanto no Sul de Portugal são pronunciados da mesma maneira (ambos [ʁiw]). Surgiram-me então as seguintes dúvidas:
1 – Na palavra voo (e outras palavras como enjoo, perdoo, etc.), como é a pronúncia-padrão? É ['vo.u], ou [vow]?
2 – Como é que os lisboetas pronunciam: como ditongo, ou como hiato?
3 – E se por acaso a pronúncia no Sul de Portugal for um ditongo, isso não deita abaixo o conceito que «no Sul de Portugal não existe o ditongo [ow]»?
Obrigado.
