É verdade que ideia e europeia rimam com aldeia no português europeu, e o mesmo acontece com assembleia, epopeia, estreia, odisseia e plateia: geralmente, o <e> de <eia> é pronunciado como á fechado ([ɐ]). Assinale-se que, antes da entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico, estas palavras tinham acento agudo na letra <e> no português do Brasil, justamente para marcar um é aberto: idéia, européia, assembléia, etc.
Já em paranóico e asteróide, o ditongo grafado <oi> representa ó aberto quer no português europeu quer no português brasileiro, e leva acento agudo, tal como até recentemente acontecia no Brasil. Com o novo Acordo Ortográfico, desaparece o acento agudo nestes casos e escreve-se paranoico, asteroide.
Sublinhe-se que as palavras graves (ou paraoxítonas) que se escreviam com ditongo tónico <éi> e <ói> perdem o acento gráfico, conforme o n.º 3 da Base IX do Acordo Ortográfico de 1990:
«3 Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.»