DÚVIDAS

Meda e Côa
O Acordo Ortográfico de 1990 (AO1990) suprime quase todos os acentos diferenciais. 1 – Posso concluir que a entrada em vigor do AO1990 leva a que se passe a grafar "Meda" e não mais "Mêda"? 2 – Posso concluir que a entrada em vigor do AO1990 leva a que se passe a grafar rio "Coa" e não mais rio Côa? 3 – Posso concluir que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras contém um erro quando inclui a palavra côa, que deveria ser simplesmente "coa"?
A pronúncia de es- e ex- + consoante
Conheço bem as diferentes realizações do prefixo ex- em Portugal, que dependem do som posterior (vogal, consoante surda ou sonora) e também da região (centro-setentrional/resto do país). Quanto ao Brasil, encontrei algumas informações contraditórias. Parece que êx-/ex- seguido de vogal é pronunciado normalmente [éz]/[ez] (êxito/exótico) (sem ditongo à diferença de Portugal). Quando seguido de consoante surda, pronuncia-se [és]/[es] (êxtase/expor), embora em posição átona se admita também a pronúncia [is] (expor). Pelos vistos no Brasil não se produz a ditongação na pronúncia deste prefixo. É assim em todos os casos? Qual seria no Brasil a realização padrão de ex- seguido de consoante sonora em palavras como ex-ministro? Seria [ez]/[iz]? Se for assim, não existe no Brasil, como em Portugal — estou a pensar sobretudo no Rio de Janeiro —, a realização com palatal surda (como o "ch" de chama) ou sonora (como o "j") para ex-/êx- quando seguido de consoante surda ou sonora, respectivamente? Obrigadíssimo pela vossa resposta e os meus parabéns pela web.
A pronúncia de exantema e de exantemáticas
Há pouco tempo foi diagnosticada à minha filha de 8 meses roséola infantil, também conhecida por «sexta doença». "Sexta", devido ao facto de ter sido descoberta depois das outras cinco doenças exantemáticas mais conhecidas: o sarampo, a escarlatina, a rubéola, a varicela e o megaloeritema. Posteriormente, com a exacta definição do agente responsável e das suas características concretas, denominou-se exantema súbito ou roséola infantil. A minha questão é: como se pronuncia exantema e exantemáticas? Segundo a minha interpretação, no dicionário, o "x" deve ler-se "z"; estou correcta, ou não? Agradeço, desde já, a vossa ajuda.
Dúvidas quanto à pronúncia do s
Sou alemão, venho estudando PLE (português/língua estrangeira) há muito tempo. No entanto, tenho uma dúvida bem básica quanto à pronúncia do s. Em alguma obra bem famosa (Paul Teyssier: Historia da Língua Portuguesa), pode se ler explicações tão bem elaboradas no que tange este problema, que desisti de entender estas explicações para a minha prática cotidiana de falar o português. Mas, felizmente, achei uma elaboração bem mais sucinta do problema na Internet: http://www.p-hh.de/index.php?page=100&id=1449 O que interessa a mim é saber quando um s simples (não sibilante, não chiado) é pronunciado como "z" (s sonoro) ou "s" (s surdo) respectivamente. Temos vários casos listados a seguir: a.) início de uma palavra: sempre "s surdo". b.) entre vogais: sempre "s sonoro" c.) no fim da palavra, próxima palavra começa com consoante: sempre "s surdo". As minhas perguntas são as seguintes: 1.) O "s" no final da palavra pode ter a pronúncia alterada, se a próxima palavra começa com vogal? (Por exemplo: «praias arenosas» e «praias tranquilas». O "s" em praia é sempre pronunciado da mesma forma, ou muda em decorrência da primeira letra da palavra que segue?) 2.) O "s" antes de consoantes no meio de palavras. (Por exemplo: mesmo, o "s" aqui é "surdo" ou "sonoro", supondo um sotaque brasileiro sem chiado (região: São Paulo), ou mesmo se o "s" for chiado/sibilante (Portugal e muitas regiões no Brasil), a questão persiste, será esse som um som sonoro ou surdo?) Espero ter colocado minhas dúvidas 1.) e 2.) em linguagem clara, correcta e concisa, para que estas possam ser esclarecidas e agradeço muito por uma resposta.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa