Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Morfologia
Érica Pastori Estudante universitária Brasil 9K

Vejo pelo Ciberdúvidas que «fato» deriva diretamente de ‘factu’ em latim. Procurei o que é ‘factu’ do latim e encontrei que corresponde a «feito». Peço desculpa por retornar à questão, mas é um problema com que venho me defrontando diariamente. Estudo Ciências Sociais e estou fazendo a cadeira de Sociologia Clássica, na qual estudamos Émile Durkheim, o qual usa o conceito de «fato social» para designar o que tem recorrência (é ordinário) na sociedade. A partir de questionamentos sobre o que é a verdade ou se esta existe, a noção de fato me deixou confusa e eu gostaria de saber mais sobre a genealogia da palavra «fato» e relações que ela tem com verbos ou substantivos que me façam compreender melhor, senão a verdade, a compreensão das sociedades que o fizeram surgir e chegar até nós.

Agradeço mais uma vez pela atenção deste "site", no qual estou aprendendo muito a língua portuguesa.

Fernando Bueno Brasil 5K

Servindo-me da intervenção da consulente Edite Vieira, na qual abordava uma frase que apresentei sobre o assunto supracitado, gostaria de aproveitar a ocasião para a ele voltar. Ao formular a frase «Naquela escola sempre se vê os alunos estudarem», quis suscitar discussão sobre a concomitância numa frase de dois casos gramaticais, a saber, o uso dos chamados verbos causativos e sensitivos (deixar, mandar, fazer, ver, ouvir, sentir) a par do uso da voz passiva pronominal. É conhecida e admitida a construção «Naquela escola, os professores faziam os alunos estudarem» (ou estudar, que o infinitivo não flexionado é aí também admissível). Por outro lado, pode-se compor a seguinte frase: «Naquela escola, os alunos não se viam com freqüência.» Imagine-se, então, que se construa uma frase em que ocorram, em simultâneo, os dois fenômenos lingüísticos. Qual concordância prevaleceria?Ainda há o caso da possível frase modificada: «Naquela escola, sempre se vê [ou "vêem"?] estudar os alunos.» A par disso, a frase apresentada pela consulente, corroborada pela consultora Maria João Matos, «Sempre se vêem os alunos a estudar», é, no português falado no Brasil, equivalente a «Sempre se vêem os alunos estudando», que não é preferível, a meu ver, pois aí temos o citado verbo sensitivo. É diferente dizermos «Os alunos estavam a estudar [estudando]», esta perfeitamente indiscutível quanto a sua correção. Obrigado.

Cláudia Lopes Itália 8K

No que diz respeito às expressões com adjetivos que pedem o presente do subjuntivo (conjuntivo) – é certo, é verdade, é evidente, é lógico –, gostaria de saber porque somente a última aceita seja o indicativo seja o subjuntivo (conjuntivo). Encontrei esta informação na Gramática de Português para Estrangeiros, de Lígia Arruda. Eu vi em outra gramática que o subjuntivo (conjuntivo) de uma oração subordinada a um verbo de atividade mental (acredito, penso, julgo) aceita os dois modos em questão.«Acredito/penso/julgo que tenhas razão.» [possível]«Acredito/penso/julgo que tens razão.» [necessária] Exemplos tirados da Gramática do Português Actual, de José de Almeida Moura. Porém, para o exemplo abaixo, não consegui entender porque posso usar seja o modo indicativo que o modo subjuntivo (conjuntivo). É lógico que ele vem/venha hoje. Obrigada pela ajuda

Ricardo Lopes Portugal 5K

Qual das formas é a correcta?«Nos casos em que venhamos a ser contactados» ou «Nos casos em que viermos a ser contactados», no seguinte contexto:Num universo de indivíduos, há a possibilidade (mas não a certeza) de virmos a ser contactados, não sabendo por quantos, se por algum. Obrigado.

Roger Cunha Lopes Lisboa, Portugal 5K

Tendo visitado no meado do corrente mês de Outubro, perto de Chaves, a Pedra da Bolideira, gostaria de conhecer o étimo e o sentido do vocábulo «bolideira», que não encontrei nos dicionários que consultei.

Margarida Pereira Professora Portugal 6K

Poderiam dizer-me a origem da palavra «anomalia» e explicar-me a sua formação?

João Queirós Portugal 7K

Qual a forma plural correcta do latim ‘locus’? Obrigado.

Emanuel Pestana Portugal 4K

Como dizer: «Sinto que posso assumir-me como opção» ou «Sinto que me posso assumir como opção»? A oração «… que posso assumir-me como opção» é subordinada e como tal o pronome «me» tem de ser colocado em posição proclítica? Agradecia que me esclarecessem.

Ana Filipe Portugal 7K

Em palavras de origem inglesa, como é o caso de "interface", "tape" e "drive", qual o género a adoptar quando as utilizamos num texto em português?Obrigada.

Jorge Ferrão Portugal 6K

Gostaria que me pudessem informar qual a forma verbal presente em «É possível ter havido aqui uma aldeia».Uma pessoa de algum saber afirma que tal é um pretérito perfeito composto. Mas a mim parece-me um infinitivo impessoal, pelo uso do infinitivo do auxiliar «ter». Podem dar um juízo definitivo?