Varia, pelo que podemos constatar nos anglicismos registados em dois dicionários recentes, o Dicionário da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa (2001; também conhecido por Dicionário da Academia) e o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001). A palavra “interface” pode ser usada nos dois géneros em Portugal (cf. Dicionário da Academia), mas só no feminino no Brasil (Dicionário Houaiss). Os referidos dicionários estão de acordo em relação a “tape”, a que atribuem o género masculino; no entanto, divergem quanto a “drive”, feminino para o Dicionário da Academia, mas masculino para o Dicionário Houaiss. Poderíamos supor algum grau de motivação semântica a partir do português para a atribuição de género, mas, nas palavras em apreço, o género masculino parece gozar de maior favor no Brasil, enquanto em Portugal se prefere o feminino. Vemos, pois, que, além de não haver um padrão que assegure regularidade na atribuição de género aos anglicismos, há, por vezes, a esse nível divergências entre o Brasil e Portugal.