De acordo com a nova terminologia, como se classifica nenhum, no seguinte contexto: «Nenhum carro foi rebocado»? Tratar-se-á de um quantificador universal? No entanto, não inclui todos os elementos de um conjunto, pelo contrário, exclui-os.
Pode escrever-se «hexalingue» para designar qualquer coisa com seis línguas?
Diz-se «mais conforto» ou «maior conforto»? O contexto é «fazer qualquer coisa com...».
Vi no anúncio de um estabelecimento de empréstimos: «Estamos prontos a lhe auxiliar.» Sempre me pareceu que o verbo auxiliar fosse transitivo direto: «a auxiliá-lo»; porém imediatamente me ocorreram os verbos ajudar e socorrer, que, pelo que parece, também podem ser usados com objeto indireto. O verbo auxiliar enquadra-se nessa categoria (segundo o dicionário que consultei, não) ou é mais um exemplo do “lheísmo” que vem invadindo todo o país (Brasil) de uns anos para cá?
Muito obrigado.
Se a designação substantivo foi substituída por nome, deixa de ser correcto dizer «adjectivo substantivado»? Se assim é, qual é a expressão correcta? Existe actualmente alguma gramática ou publicação que contemple a terminologia gramatical actualmente em vigor para o ensino secundário e que seja fiável? É que mesmo tendo já lido a legislação sobre o assunto e consultado o CD-ROM enviado para as escolas, continuamos, eu e os meus colegas professores de Português, com muitas dúvidas e indignados perante a o que espera os nossos alunos nos exames nacionais do 12.º ano: um grupo para testar o funcionamento da língua. A aplicação da legislação foi suspensa para o ensino básico, criando-se, assim, um período de transição para, por exemplo, permitir a informação e formação dos docentes. Então e os professores do ensino secundário não estão na mesma situação?!
Nestas circunstâncias, lembro-me de uma expressão que ouvia, quando era miúdo, às pessoas da minha terra: «As cadelas apressadas parem os cães cegos.» Mais conhecido é o dito que se aplica como uma luva à situação presente: «O pior cego é aquele que não quer ver.» Está-se a criar um ambiente pouco propício ao ensino e aprendizagem que preocupa as famílias e penaliza fortemente os alunos.
Quanto aos professores, como têm uma longa experiência de fazer "omeletas sem ovos" e "das tripas coração", já estão habituados a tudo.
Obrigado pelo valioso trabalho que desenvolvem neste sítio (ou "site"?)
Surgiu a dúvida quanto à classificação da palavra «imensidão». Agradecia que me esclarecessem se é um nome no grau normal ou aumentativo.
Gostaria que me informassem acerca da formação das palavras «sonolento» e «desfiar».
Tendo lido a vossa explicação acerca do plural dos nomes próprios, não pude deixar de confirmar o que dizem Nunes Figueiredo e Gomes Ferreira no Compêndio de Gramática Portuguesa: «os substantivos próprios têm plural quando se referem a membros da mesma família: os Pachecos, os Fonsecas, os Stuarts; ou quando, em vez de se referirem às pessoas, representam as qualidades que as notabilizaram: os Camões; os Alexandres.»
Contudo, na Gramática da Língua Portuguesa de Maria Helena Mira Mateus, que contempla a Nova Terminologia do Português, que há-de entrar em vigor a partir do próximo ano lectivo nas nossas escolas, considera-se o plural dos nomes, mas afirmando-se que «o que tipicamente não podem é manter a sua interpretação de nomes próprios». Aliás, lendo o que se segue, compreende-se a lucidez dos linguistas, mas também se percebe a contradição para dar voz ao uso de que, inevitavelmente, vive a língua. Assim, neste caso, o contraste parece-me mesmo morfológico e não tanto de «interpretação semântica» como na mesma gramática se quer fazer crer. Será assim?
Grato pela atenção.
Consultando o Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, 6.ª edição, para a palavra «mosquito», temos = mosca + ito: poderemos considerar mosquito o diminutivo de mosca? E moscardo o seu aumentativo?
Agradeço o esclarecimento.
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