Estou com muitas dificuldades em analisar as «Despedidas de Belém» d´Os Lusíadas, no que diz respeito aos recursos estilísticos. Será que me podem ajudar?
Qual a figura de linguagem existente nesta frase?
Qual o recurso expressivo usado nos versos: «e não há chave, fecho ou tranca/ que encerre a porta larga dos meus sonhos» (Álvaro Magalhães, O Reino Perdido)?
A anástrofe faz parte do programa de Língua Portuguesa do 9.º ano? É uma figura de estilo fundamental para estudar e compreender Os Lusíadas nesse ano de escolaridade?
Gostava de saber o que significa «cheiro a formiga» na obra A Relíquia, de Eça de Queirós.
Procurei a palavra "perlismo" no Dicionário Houaiss, mas sem êxito. Foi um termo criado por uma pintora espanhola por altura do surrealismo (e outros -ismos); consultei alguns livros de pintura, mas não encontrei o termo. Lembrei-me da excelente equipa que compõe o Ciberdúvidas, pois encontra sempre resposta para todas as questões. Muito obrigada pela vossa atenção.
Em «Ele viu a cauda luminosa do cometa», o sentido é denotativo ou conotativo, visto que cauda, no meu princípio, é de animal?
Valeuzão!
Fernando Pessoa comete aqui erro gramatical?
«Quem quer passar além do Bojador/ Tem que passar além da dor.»
Coloco estas perguntas porque me parecem pertinentes e que me deixaram francamente em dúvida.
Qual a definição correcta de narrador participante? Quais são realmente os tipos de narradores existentes na língua portuguesa? Estas perguntas surgiram depois de, em conjunto com uma colega, analisar o seguinte texto:
«Conheço um menino que gosta muito de animais. Gosta de gatos, cães, periquitos, ratos, eu sei lá... Às vezes chego a pensar que ele gosta de todos os animais.
Há tempos esse menino pediu ao pai para lhe dar um cão, um cão grande, de olhos meigos e pêlo macio.
— Ó pai, gostava tanto...
— Um cão?! Nem pensar nisso! — disse logo o pai. — A casa é pequena e o cão nem tinha espaço para se espreguiçar. Nem penses nisso...
Como o menino é realmente muito amigo dos animais acabou por concordar. Pois claro, o animal não podia ser feliz num quinto andar com elevador e vista para a janela do senhor da frente que não tem gato nem cão nem periquito...
Mas o gostinho de ter um animal de estimação voltou com mais força e um dia chegou-se à mãe. Falou-lhe de um gato branco pequenino, muito bonito, muito meigo. (...)»
a) Uma 1.ª análise leva-me a classificar o narrador como não participante, pois este não participa na acção.
b) Após nova abordagem, a palavra conheço chamou-nos a atenção, pois não é ela indicadora de participação na história?
Com os melhores desejos de um bom trabalho,
Gostaria que me informassem sobre a origem do vocábulo Lusíadas. No meu livro de Português diz que é um cultismo ou um latinismo, mas eu não entendo porquê.
Obrigada pelo vosso esclarecimento.
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