Peço o favor de me esclarecerem sobre qual é a função sintática desempenhada pela expressão «do ser humano» na frase «Com Maria apareceu também a luz que, [...] apesar de ainda me escaparem enquanto metáforas belíssimas, encobrimentos e contradições do ser humano.»
Muito obrigado.
Não abdico de um bom pequeno almoço logo pela manhã.
Qual é a função sintática «de um bom pequeno-almoço»?
A seguinte situação é-me um bocado confusa, pois lamentavelmente tenho dificuldade em parar de pensar de acordo com a gramática de um dos meus idiomas maternos, o espanhol.
No espanhol, é possível construir a frase imperativa «apriétense las manos!» ou «dense las manos!», pois no espanhol, estamos a mandar fazer essa ação reciprocamente.
Em português, não entendo porque só há de ser «apertem as mãos» e «deem as mãos» (versus estas supostas frases erradas segundo os nativos de português: “apertem-se as mãos” e “dêem-se as mãos.) Agradeço antecipadamente a vossa resposta.
Gostaria, se possível, que dissertassem um pouco sobre o predicativo do sujeito na seguinte frase «Esse bolo é para mim».
Sabendo que o predicativo é uma característica do sujeito, como defender a ideia de que «para mim» é uma característica de «esse bolo».
Certo do auxílio, agradeço.
Sobre o uso (por vezes incorreto) do verbo derivar, perguntava-vos se, na frase apresentada, é possível aceitar o seu uso:
«A poluição deriva da falta de civismo.»
Cordialmente.
É correto "preposicionar" uma oração subordinada substantiva predicativa, como frequentemente ocorre em frases como essas:
«A tendência é de que os preços aumentem.»
«A expectativa é de que eles não irão recuar.»
Numa ficha de 11.º ano vi o seguinte:
«Na frase "O silêncio assume a mesma importância QUE pode ter a música" (linha 27) o constituinte sublinhado é ( o constituinte sublinhado é QUE) (A) uma conjunção. (B) um determinante. (C) um pronome. (D) uma preposição.»
Na correção afirmam que o constituinte «que» é um determinante... Confesso que não entendo.
Gostaria, por obséquio, que me ajudassem a entender. Sei que pode assumir a classe de nome, preposição, pronome, partícula de realce, mas de determinante não consigo ver.
Muito obrigada!
Vi no cursinho que durante, mediante, senão e salvo podem ser considerados preposições acidentais.
Eu sei que segundo pode ser representado um numeral (2.º) e uma preposição ao ligar palavras («segundo ele, estamos bem»).
Mas qual a outra classe gramatical dessas quatro palavras acima? Seriam substantivos? Não consegui encontrá-las em nenhuma outra classe para fazer a comparação.
Obrigada.
O pronome pessoal se pode ter vários valores. Relativamente ao valor reflexo, sabemos que a ação cai sobre quem a praticou, por isso, verbos como vestiu-se, lava-se, deitar-se, etc., são fáceis de identificar. Sei também que a expressão «a si mesmo/próprio» é uma boa maneira de identificação.
A minha questão é sobre o que se passa em outros verbos, por exemplo, cruzar-se, intromete-se ou apercebeu-se.
A frase «Ele intromete-se (a si próprio) na vidas das outras pessoas» não me parece descabida de todo, no entanto, num livro de exercícios de gramática que estou a usar indicam que este se não tem valor reflexo, assim como nos outros verbos que mencionei.
Há alguma outra maneira de identificar mais facilmente o valor do pronome pessoal se?
Quanto à questão formulada por Natanael Estêvão, em 4/3/2022, foi dito, ao final da resposta, que «esta construção será preferencial à que se apresenta na pergunta, pois não causa a estranheza da primeira». A par da estranheza, pergunto: seria a construção também agramatical, configurando uma exceção? Creio ser essa a dúvida de Natanael.
A propósito, nos exemplos dados pelo citado consulente, pode-se também lançar mão do recurso de usar a expressão «o fato de»: «apesar de o homem ter morrido...» (apesar do fato de o homem ter morrido); «o maior problema está em isso fugir do nosso controle (o maior problema está no fato de isso fugir do nosso controle). Portanto, pode-se imaginar uma elipse em todos os casos, contornando as contrações.
Obrigado.
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