Gostaria de saber se existe uma diferença entre as frases «vou ficar em casa a estudar» e «vou ficar a estudar em casa».
O professor disse que ambas as preposições a e para têm um significado de "motivo", mas queria saber qual é a diferença.
Por exemplo, posso dizer:
«Vou ficar em casa para estudar» em vez de «vou ficar em casa a estudar»
ou
«Quantas pessoas são ao todo a jantar» em vez de «quantas pessoas são ao todo para jantar»?
Não tenho palavras para agradecer.
No outro dia, ao ler-se a expressão «No que concerne à expressão escrita», numa acta, alguém que lecciona Francês afirmou que se deveria utilizar a — este faria parte de um complemento directo — e não à, que daria origem a um complemento preposicional. Para ser franca, a explicação não convenceu a maior parte dos professores presentes. Discutimos o assunto mais tarde, mas a dúvida persistiu. Gostaria que me ajudassem a clarificá-la.
Muito obrigada!
Gostaria de saber acerca de uma pequena diferença de uma palavra que a meu ver define a interpretação do texto. É muito importante isso para mim e para toda uma comunidade cristã. Na realidade, claro que não estou em posição, mas precisava com urgência de uma explicação de um perito na área. Veja a seguir o texto:
«No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do casamento, a não ser por infidelidade do voto conjugal. "Qualquer", disse Ele, "que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério." Mat. 5:32.»
O que aconteceria caso fosse substituída a palavra do para ao ao ser dito da exceção no texto? Haveria alguma diferença? Eu entendo que sim. Claro que não é posição de vocês fazerem teologia, mas para que seja entendido o meu ponto de vista é necessário explicar. O texto da Bíblia abaixo é a fonte pela qual o autor acima tira sua conclusão, sendo que entendo que:
O texto mais esclarecedor quanto ao significado de fornicação (na Bíblia isto), que é a base para o autor dizer «infidelidade do voto conjugal» no seu texto, baseado isto numa interpretação do que seria a cláusula de exceção de Jesus, é este: «Mas agora procurais matar-me, a mim que vos falei a verdade que de Deus ouvi; isso Abraão não fez. Vós fazeis as obras de vosso pai. Replicaram-lhe eles: Nós não somos nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus.» (João 8:40-41) Fica claro o significado da palavra no episódio de Maria, sendo que ela era acusada de fornicação; em Maria, quando noiva de José, não casada ainda, tinha sido gerada pelo Espírito Santo uma criança (Jesus), sendo que José pensou que ela tinha sido infiel a ele, e que ela deveria ser entregue para os judeus a apedrejarem. Para a Bíblia, fornicação é o mesmo que «relação sexual ilícita por parte de alguém não casado», apenas usado em casos de uma pessoa solteira; quando é por parte de um casado, é utilizado na Bíblia a palavra adultério. Desta forma entendemos que, ao contrário dos judeus que aceitavam o divórcio por diversos motivos, Jesus só aceitou o divórcio e novo casamento baseado em Deuteronômio 22, que era como um seguro que o noivo tinha contra uma possível traição por parte da moça, a qual anularia os votos naquelas circunstâncias (isto acontecia logo após a noite de núpcias). Porém, se o noivo já tinha aceitado a não-virgindade da moça, não havia motivo para a anulação, pois já era caso conhecido; apenas se fosse desconhecido pelo noivo seria feita a anulação. No Brasil havia esta lei quanto a anulação do casamento por causa da perda da virgindade até a década de 90, depois por causa de movimentos feministas foi retirado (não sei quanto a Portugal).
Dada estas explicações, peço paciência e ajuda para conduzir o assunto ao final. Como se pode ver o problema é acerca de entender o texto reproduzido acima que é baseado na Bíblia, e necessariamente preciso conciliar a interpretação já definida na Bíblia, agora no texto. Assim, «infidelidade do voto conjugal» não seria infidelidade "ao" voto conjugal, o que entraria no adultério, um evento pós-casamento, que não entraria em acerto com a interpretação Bíblica já definida. Entendo que «infidelidade do voto conjugal» seria uma outra forma de dizer infidelidade da noiva ao fazer o voto conjugal, porque ela está sendo falsa ao seu noivo, enganando o noivo quanto a sua virgindade (temos que entender que no contexto bíblico é importante sim a virgindade e relacionamento sexual apenas quando casados), não tendo nada a ver com infidelidade depois de casado, sendo que a infidelidade teria sido antes de casar, e isto, segundo esta legislação, daria o direito de anulação de casamento.
Espero que tenha sido claro na minha questão: há realmente como ilustrado por mim uma diferença entre "infidelidade do voto conjugal" e "infidelidade ao voto conjugal", levando em conta o máximo possível que puderem todo o contexto bíblico envolvido no texto? É possível conciliar a interpretação bíblica definida, com o texto em questão? Tenho certeza de que esta é uma ciberdúvida, e conto com a ajuda de vocês.
Ficaria imensamente grato caso resolvessem de alguma forma a questão.
Queria perguntar se, segundo a sua opinião, é possível construir as seguintes perífrases que exprimem o valor incoativo: «começar a ficar aceso/alegre/azedo/barato/branco/caro/claro/doente/pálido/preto/sujo/triste/stressado/pobre/preguiçoso/velho.» Seria também possível substituir o verbo ficar por ser ou estar?
Obrigada pela ajuda.
Com o verbo atentar, com o sentido de «tomar atenção», podemos utilizar a preposição ao, como, por exemplo, «atenta ao fragmento do texto X». Se não, com que preposições poderemos utilizar este verbo?
Poder-me-iam-dizer se a expressão «para além de» é um articulador do discurso?
Nas frases «Quando chegares a casa, dá de comer ao cão» e «Quando chegares a casa, dá o que comer ao cão», não consigo entender a associação do verbo dar com a preposição de (1.ª frase), a construção «dá o que comer» (2.ª frase) nem as diferenças (isto é, se as houver) existentes entre estas frases.
Obrigado.
Há alguns anos, um jornal brasileiro ostentou a manchete «Real desvaloriza!». Fiquei imaginando se a construção correta não seria «Real desvaloriza-se!».
Existem outras que também me deixam na dúvida. Aqui vão elas:
«Com as muitas chuvas, a represa encheu e rompeu», ou «Com as muitas chuvas, a represa encheu-se e rompeu-se»?
«João e Antônia casaram», ou «João e Antônia casaram-se»?
Se puderem acrescentar outros exemplos semelhantes e analisá-los, ficaria grato.
O veredito que nunca mente nem erra — o do Ciberdúvidas — por favor.
Muito obrigado.
Na frase «O Outono dá umas pinceladas douradas nas uvas brancas», qual é a função sintáctica de «nas uvas brancas»?
Na frase «Efectivamente, a ficha parece fácil», qual é a função sintáctica de efectivamente, uma vez que se trata de um advérbio de afirmação e não de modo?
Na mesma linha de pensamento, qual é a função de outros advérbios, como sim e não?
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