Como se diz? Supor ou pressupor?
No fundo o que eu não sei é o verdadeiro significado de cada uma destas palavras, mas muitas vezes me "soa" mal o uso do "pressuposto".
Se Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa, apenas consigna «demais» como advérbio de modo1, atribuindo a «de mais» a função supletiva de locução adverbial de quantidade, qual o motivo por que, em Ciberdúvidas, vários consultores têm tecido considerações acerca do correcto uso de «demais» como advérbio de quantidade? Será que o destinatário-alvo tem sido os falantes brasileiros? Na verdade, tanto o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa como o Dicionário Houaiss (versão portuguesa) averbam unanimemente a acepção quantitativa de tal advérbio como um brasileirismo.
Em vista disso, compete perguntar:
a) Não será abusivo classificar e utilizar «demais» como advérbio de quantidade, se o vocabulário ortográfico vigente em Portugal ainda não foi substituído? (Se assim não fosse, razões não haveria para que os dicionários supracitados tivessem sido tão escrupulosos na sua descrição!)
b) Que força de lei têm os argumentos aduzidos em Ciberdúvidas em favor do uso de «demais» enquanto advérbio de quantidade?
Saudações cordiais.
1 Excluo desta questão o valor pronominal do vocábulo.
Oi! Sou professora de Espanhol, na Argentina, e estudo Português há muitos anos. Como acontece com o Espanhol, com o que se ensina na sala de aula, sobre orações condicionais – três casos típicos e nunca mais de três, coisa que está longe de ser a santa verdade – também encontrei uma situação – para mim – inexplicável (quem sabe, seja uma bobagem):
O uso do presente do subjuntivo, na oração «No dia em que não FAÇA mais uma criança sorrir, vou vender abacaxi na feira.» (N. Piñon, citado na gramática de Cunha e Cintra) é tido como correto – pelo menos assim o propõem os autores da gramática. Já a professora, no Proficiência, corrigiu um colega meu quando ele disse «quando venha, terei tempo de fazer isso» (copiando o modelo que a gente faria se falarmos um portunhol). Eu estudei que futuro pede futuro. Daí: «Quando vier, terei...» Mas será que é mesmo correto, como em Espanhol: «Cuando venga (presente de subj.) tendré (futuro) tiempo.» O presente pode ser usado com valor de futuro numa oração temporal? Se é assim, qual a bibliografia que valida esse uso?
Obrigada.
Livro: quando se deve usar a forma «livrinho»? Quando a forma «livrete»? E quando «livreto»?
Obrigado!
O que é exactamente «alcamonia» – doce que contém cominhos? Vendia-se na Lisboa antiga? Também no Brasil? Quais os ingredientes e a forma? Não é o mesmo que alcomonia, especialidade de Alcácer do Sal.
Onde encontrar mais informação?
Relativamente aos recentes ataques a dois portugueses na Irlanda do Norte. Deverei dizer alegadamente por motivações racistas ou por motivações xenófobas? Poderei utilizar ambas?
É correto escrever «Vimos solicitar emprestado o...»?
Gostaria de saber o significado da expressão «lagarto, lagarto, lagarto», só sei que é uma expressão sobre as superstições. Há algum tempo estudo a língua portuguesa e gosto muito dela.
Muito obrigada.
Gostaria de saber se há um termo em português como «atemporal» para a característica de espacial, talvez "aespacial". O que poderia corresponder para dar esse sentido? "Não-espacial" poderia ser uma solução?
Muito obrigada.
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