Tenho uma curiosidade de saber de onde surgiu uma forma de falar, negar enfaticamente algo. Talvez seja um regionalismo da região onde moro aqui no Brasil. De qualquer forma, queria compartilhar.
Toda vez que alguém quer dizer que não deseja ou não aceita algo e quer expressar isso com bastante veemência, usa a expressão «é de». Por exemplo, se alguém oferece uma comida a uma pessoa X, esta pessoa, para dizer que não quer, bastaria simplesmente dizer «não, obrigado» ou simplesmente «não quero», mas diz assim: «Eu é de querer isso! Nem gosto!»
Poderiam me informar se há alguma doutrina que oriente a não usar a preposição após sugerindo a locução «depois de» em seu lugar?
Pergunto isso porque , sem mencionar o nome da obra tampouco seu autor, vi em um manual do tipo “dicionário de dúvidas de português”, o qual não aconselha o uso dessa preposição sugerindo substituí-la por «depois de».
Se, por exemplo, estou numa manhã ou tarde de um dia qualquer e quero me referir à noite que está por vir (ou seja, à noite do mesmo dia), qual pronome devo usar?
Quero aplicar o devido pronome à sentença: «O evento acontecerá [pronome] noite.»
Vejo com frequência pessoas usando essa e esta, inclusive no trecho de uma telenovela que tem em sua cronologia e contexto um intelectual do início do século passado – XX.
Entretanto, acredito que, ao menos, a construção da frase mereça a proposição em e, sendo assim, a dúvida se restrinja aos pronomes nessa ou nesta.
Aprecio o espaço. Obrigado.
No idioma espanhol se usa perro cachorro como «filhote de mamífero».
Quando e por que foi que o idioma português trocou para sinônimo equivalente, correspondente da palavra cão?
Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Gostaria de aprender a diferenciar com mais exatidão um objeto indireto de outros termos da oração.
Na frase:
«Promovi uma festa para os alunos.»
Nesse caso, «Para os alunos» seria um objeto indireto, por mais que o verbo seja transitivo direto, quem promove, promove algo, certo?
Porém, vi em uma aula como adjunto de finalidade, o que me deixou bem confuso, até porque li em um site de estudo que dizia que, na frase «comprei um carro para ela», «para ela» seria o objeto indireto, e isso me parece semelhante a outra frase com o verbo promover.
Gostaria muito de entender melhor sobre isso.
Obrigado.
No livro de Maria Velho da Costa, Missa In Albis (Círculo de Leitores 1989), aparece a seguinte frase:
«Parei à beira de um arroio que alagava de um coilão da vertente.»
O que significa "coilão"? Esta palavra tem registo?
Se uma pessoa teve um acidente e ficou com a mão "esfarrapada", é correto dizer que essa pessoa tem a «mão desfigurada»? Ou como nos devemos referir?
Obrigada.
Uma vez que paquiderme é um nome masculino quando nos referimos a um espécime dos paquidermes, tratando-se de uma elefanta (feminino), a formulação correta será «um pequeno paquiderme» e não «uma pequena paquiderme».
Agradeço a vossa confirmação.
Por gentileza, seria correto dizer que o valor semântico estabelecido pela preposição a no verso abaixo de Santa Rita Durão é de concessão, sendo parafraseável por «apesar de»?
«Os perigos, os casos singulares,/ Que por mais de mil léguas toleramos,/ Não contara, depois que no mar erro,/ A ter o peito de aço, e a voz de ferro.» (Caramuru, canto VI, estrofe XXVI)
Consultado o Dicionário da Língua Portuguesa da Academia de Ciências de Lisboa, vi que eles abonam um exemplo em que a preposição a inicia uma frase circunstancial que exprime a noção de causa, como lá mesmo é descrito (ex.: «A estudar tão pouco, ele nunca podia ter ido longe»).
Assim, por gentileza, como essa foi a única fonte em que encontrei tal informação, queria pedi, por gentileza, se possível, que me informassem se encontramos outras abonações desse caso em outras fontes do português.
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