"A primeira paragem foi em Tenerife"
Estou em "luta" com um colega de trabalho a propósito de uma frase específica.
Em «A primeira paragem foi em Tenerife», o constituinte "em Tenerife" constitui um complemento oblíquo ou um predicativo do sujeito?
Agradecia o vosso esclarecimento.
O género de Pampas
Quando nos referimos à região da América, devemos escrever «a Pampa» ou «o Pampa»?Pergunto isto porque, apesar de em espanhol ser «la Pampa», leio várias vezes «o Pampa».
Obrigado.
A expressão «datado de...»
Um objeto pode ser «datado de» uma época, um período, uma data, p. ex., uma moeda «data de 1945», ou pode ser «datada de 1520», quando lhe atribuímos uma datação da qual não temos total certeza?
Quando não se está perante uma data ou período determinado, mas antes perante um intervalo de tempo, diz-se que o objeto pode ser «datado "de desde" esta época até aquela (ou que ele «data "de desde"... até..."), ou diz-se, apenas, que o objeto pode ser «datado "desde" este periodo até aquele», sem a preposição de?
Grata,
A expressão «se é que...»
Quanto à expressão «se é que», por que outras é que pode ser substituída?
«Ela disse que tudo se passou assim, se é que se pode confiar nela.»
Muitíssimo obrigado!
O verbo permanecer com predicativo do sujeito e modificador
Na frase «Os pais permanecem de férias nas Caraíbas», «de férias» é predicativo do sujeito? Ou o predicativo do sujeito é «nas Caraíbas»?
Muito obrigada.
Nomes abstratos como antecedentes de palavras relativas
Considerando as frases
«Um lugar onde possamos descansar é difícil de encontrar»
e
«Uma pessoa a quem pedimos um favor deve ser respeitada.»
o advérbio relativo onde, no primeiro caso, e o pronome relativo quem, no segundo caso, têm antecedente expresso?
A dúvida prende-se com o facto de os nomes lugar e pessoa remeterem para uma ideia abstrata, nomeadamente pelo uso do determinante indefinido, que podem não corresponder ao referente das palavras relativas.
O significado de materializar
Em vídeo nas redes sociais, um entrevistador pergunta a uma menina: «Você pode materializar essa ideia em palavras?»
Um rapaz, nos comentários, disse que ele precisava estudar mais, porque o correto naquele contexto seria apenas verbalizar, e que materializar não é correto. Ele argumentou dizendo que para materializar teria que «criar matéria», e que o som ou a «forma das palavras» são meio e não matéria. Por isso, ele fala que não se materializam palavras.
Porém, eu disse que, no sentido figurado, faz sentido. Além de que o som forma a matéria, assim como quando alguém "materializa uma ideia" em argila. Não está criando matéria, só dando forma a ela.
Ele então respondeu que nesse caso não seria correto pois o som é vibração, e vibração não dá forma à matéria, ao que respondi que forma "momentaneamente"a matéria.
Qual a opinião de vocês sobre o assunto?
Agradeço.
Estilo e voz passiva
Tenho notado um aumento no uso de construções passivas ou impessoais em comunicações formais, especialmente em contextos administrativos ou institucionais. Exemplos:
– «Relativamente ao assunto XXX, questiona-se o motivo de serem comunicados zero incidentes», por uma Câmara Municipal;
ou
– «Mais se refere que do email do senhor condómino não se entende que ponto é que pretende ver esclarecido», por uma empresa gestora de condomínios.
Este tipo de formulação parece-me uma coisa recente que não existia há alguns anos. As minhas dúvidas são:
1) Existe alguma razão gramatical, estilística ou até institucional para esta preferência por estruturas passivas ou impessoais?
2) Trata-se de uma tendência recente na língua portuguesa (de Portugal)?
3) Há vantagens específicas em termos de tom, neutralidade ou responsabilidade ao usar este tipo de construção?
Agradeço desde já qualquer esclarecimento!
A regência de dificuldade
O nome dificuldade pode requerer as preposições de/em. A estrutura sintática apresentada está correta?
«Há pessoas que têm mais dificuldades A ler longos textos.»
Obrigado.
O uso adverbial de pouco: «depressa e bem há pouco quem»
No provérbio «Depressa e bem há pouco quem», a palavra pouco é advérbio de quantidade, modificando o verbo há?
Ou é pronome indefinido, referindo-se a poucos, interpretando-se como «Depressa e bem há poucos que o fazem», por exemplo?
Obrigada.
