Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Sérgio Estreitinho Professor particular Lisboa, Portugal 211

Eu fui criticado por uma expressão que julgo estar certa e, na realidade, as pessoas que me rodeiam também a dizem.

Acontece que há pessoas que dizem que é errado, na internet. Trata-se da expressão «estar de».

Bem sei que é usada para no referirmos a um estado provisório, não habitual, como «estou de baixa», «estou de férias» ou «estou de trombas», certo? Acontece que a mesma expressão, no meio em que estou inserido, ou seja em Lisboa, e pensando eu que seria no país todo, o que até pode ser que seja o caso, também se usa a expressão «estar de» em relação ao vestuário.

Por exemplo: «Eu hoje estou de ténis»; «ele está de calções e de T-shirt».

Penso que já perceberam a ideia? Conhecem esta expressão também? Ela é estranha? Existe alguma agramaticalidade contida na mesma?

Obrigado.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo) , Brasil 152

O termo «arte sequencial» é um sinônimo para «história em quadrinhos» (Brasil), («banda desenhada» – Portugal e Angola)...

Daí, pela lógica do idioma português, como se chama quem faz «arte sequencial» como derivado do nome «arte sequencial» em si?

Fica como "artista sequencial"?

Como "arte sequencialista"? Ou como mesmo?

Por favor, muitíssimo obrigado e um grande abraço!

Fábio Vasco Operador de call center Quinta do Conde, Sesimbra , Portugal 279

Podem, por favor, indicar a origem da expressão «à babuja», no sentido de «à pala»/«à borla»?...

I.e., por exemplo, «O João vai a Londres e o outro vai à babuja» = «O outro aproveita-se do João e também vai a Londres, sem pagar...»

Conheci a expressão assim no outro dia, através de um amigo, pois só conhecia com o sentido de «à superfície» (?)...

Obrigado!

Marlene Cardoso Professora Marvão, Portugal 131

Na frase «Ela trabalha muito bem quando comparada com os seus colegas», o particípio passado comparada concorda com o sujeito.

Não me parece que tenha função adjetival, mas também não há verbo auxiliar para me dar a certeza de que se trata da voz passiva. Parece-me haver omissão do verbo ser: «Ela trabalha muito bem (se for) comparada com os seus colegas.»

Será assim?

Obrigada.

Evaristo Muhai Professor de Língua Portuguesa Xai-xai , Moçambique 192

Eu gosto muito de analisar fenômenos linguísticos do português e há uma situação que me tem roubado o sono, a questão do uso da expressão «pelo menos» pelos jornalistas nas suas notas de reportagem.

É correto, em caso de morte, usar a expressão «pelo menos»?

Por exemplo:

A) «Daniel matou pelo menos 5 mil pessoas».

A frase é, sob o ponto de vista semântico, aceite? Porque isso, para mim, é como se o locutor esperasse e/ou desejasse que mais pessoas tivessem sido mortas.

Obrigado.

Kise dos Reis Fernandes Estudante Mogi das Cruzes, Brasil 204

Encontrei a seguinte oração em um livro técnico:

«No estudo das normas jurídicas, a doutrina costuma distinguir entre regras e princípios.»

Achei absurda a construção. Acredito que, apesar de o verbo possuir a acepção de diferenciar coisas "entre" si, não aceita tal preposição. Ao meu ver, o correto seria «... a doutrina costuma distinguir regras de princípios». Mas ao pesquisar pela Internet, achei alguns outros exemplos deste uso.

Por favor, poderiam me esclarecer se estou equivocada?

Miguel Afonso Professor Portugal 274

Qual é a diferença entre as locuções latinas modus operandi e modus faciendi?

Ana Apolinário Técnica de comunicação São Pedro de Penaferrim (Sintra), Portugal 188

No contexto de trabalho, surgiu uma dúvida relativamente à pontuação da frase – e passo a citar – «E não é que funcionou».

Uma colega dizia-me que seria uma afirmação, com ponto final: «E não é que funcionou.»

No entanto, para mim, seria obviamente uma interrogação: «E não é que funcionou?» (ou, quanto muito, uma exclamação: «E não é que funcionou!»)

Gostaria de esclarecer esta questão e perceber, então, o porquê.

Muito obrigada.

Pedro Silva Arquiteto Lisboa, Portugal 198

A expressão abada pode usar-se genericamente para uma derrota, sem que seja no futebol, ou por pontos?

Joel Puga Engenheiro Informático Portugal 135

Qual é a maneira mais correta de exprimir a ideia de que uma história é em parte, ou talvez até completamente, ridícula? Dizendo: «Grande parte, se não toda, da história é ridícula» ou «Grande parte, se não toda, a história é ridícula»?