«[...] nem pode deixar de se hipotizar [...] que a causa de morte nada tenha a ver com um confronto físico ainda que este confronto tenha ocorrido (nada se sabe sobre o eventual desenrolar do confronto, e trata-se de uma morte compatível com uma queda de pequena altura), nem pode deixar de se encarar como possível (tão possível como a hipótese relatada na acusação) a do envolvimento do marido da Arguida nos factos» (Acórdão do Tribunal de Relação de Guimarães).
«Poderá assim hipotizar-se a questão de os factos denunciados estarem relacionados com o exercício da função que o mesmo assistente aduz exercer» (Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça).
No meio jurídico a palavra "hipotizar" é muito utilizada. A psicologia parece que também não se inibe de aplicá-la. Os vários dicionários que pesquisei (Academia das Ciências, Houaiss, Verbo, etc.) não a referem. Estrangeirismo? Neologismo? Ou coisa de advogados e juízes?
Uso em linguagem técnica os termos inervar/inervação para denominar a relação de um nervo com um órgão ou tecido, em geral referindo-me a um músculo (por exemplo, o músculo bíceps do braço é inervado pelo nervo músculo-cutâneo). Quando o músculo é privado de seu nervo motor posso dizer "desinervar", "desnervar" ou "desenervar"? Há uma forma preferencial?
E quando ocorre a recuperação do nervo, direi "renervar"? "Reenervar"? "Reinervar"?
Desde já agradeço.
Gostaria de saber se os termos utilizados frequentemente a nível futebolístico são grafados com hífen, e, em caso afirmativo, porquê.
Estes são os termos que suscitam dúvidas, entre outras expressões muito usadas: "médio centro"; "médio ala"; "lateral direito"; "lateral esquerdo"; "médio defensivo"; "médio ofensivo"; "defesa central"; "fora-de-jogo" (penso que esta sim).
Será correcta a colocação da vírgula em frases deste tipo: «Quem vive em Lisboa, sabe.»
«Quem vive em Lisboa...» não funciona como sujeito?
Obrigada!
Qual é a diferença entre cartuxo e cartucho?
Muito obrigada.
A forma reduzida da palavra para não deveria tornar-se "prá" (com acento), visto que as monossílabas tônicas terminadas em a são acentuadas: pá, vá, cá, má...? E «para o» não deveria tornar-se "prô" (também com acento), como "vô", "pô"...?
Encontro-me neste momento a traduzir para português um texto inglês com inúmeras referências a música, estilos musicais e afins.
Ora, ao referir os ditos estilos, surgiu-me uma dúvida: ainda que os substantivos "rock" e "jazz", por exemplo, estejam há tanto tempo instalados na nossa língua que se tornou comum grafá-los "em redondo", quando, no mesmo texto, tenho de referir "punk", "disco", "ska", "gospel", "techno", "trance", "acid", e tantos outros, parece-me que devo fazê-lo recorrendo ao itálico, uma vez que são palavras de origem estrangeira e que ainda não foram aportuguesadas (aliás, como "rock" e "jazz" também não foram).
Como tal, peço apenas a vossa opinião: por uma questão de coerência, não será melhor eu grafar todos estes substantivos em itálico, uma vez que se inserem no mesmo texto? De outro modo, como poderia justificar o recurso ao itálico apenas para alguns, deixando os restantes em redondo?
Desde já, o meu obrigado e, como sempre, os meus parabéns pela continuação deste vosso sítio.
São "Feitoza", "Frazão", "Fiúza", ou "Feitosa", "Frasão", "Fiúsa"?
Muito obrigado.
No beisebol, há um tipo de rebatida em inglês chamado «extra base hit», que é quando o rebatedor consegue bater a bola e chegar na 2.ª ou 3.ª das 3 bases existentes (ao invés de ficar só na 1.ª). Gostaria de saber qual seria a forma correta de traduzir ao português: rebatida "extra-base", "extra base", ou "extrabase"?
Gostaria de saber se devemos escrever "biosinal", ou "biossinal". O contexto tem que ver com informática aplicada à saúde, mais precisamente, a análise e o processamento de informação a partir de dados clínicos (sinais).
Obrigada pela atenção.
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