Gostaria que me esclarecessem minha dúvida a respeito da regência do seguinte verbo:
Diz-se: «rezar nas intenções», ou «pelas intenções»?
Emprestado varia em gênero e número, funcionando como predicativo em frases como «Tomei emprestada uma caneta», «Pedi-lhe emprestadas vultosas quantias»?
Pergunto qual a frase certa: «Estou desejoso por chegar aí», ou «Estou desejoso para chegar aí»?
Tenho uma dúvida que me acompanha há algum tempo. Quando cumprimento alguém por escrito, «Olá, Rita!», devo colocar a vírgula entre o cumprimento e o nome, ou não? Eu coloco-a sempre, mas tenho visto muitas pessoas que não a colocam.
O que é o campo do enunciado?
Por que motivo não devemos tratar uma pessoa licenciada por dona? E porque devemos usar o termo Dra.?
A expressão «espectacularmente bem» está correcta?
A frase «aquele acidente foi espectacular» está correcta?
Espectacular não é utilizado só no sentido positivo?
«Será que você vai viajar?» Aqui podemos dizer que é verbo ser?
Mas é possível «Serás que tu vais viajar?»? O uso do serás para concordar com tu estaria certo?
Na redacção de um curriculum vitae:
– que pessoa usar – 1.ª pessoa do singular, impessoal, ou 1.ª pessoal do plural?
– que tempo verbal utilizar?
O CV é um documento de carácter pessoal, ou é um documento técnico científico?
Alguns dicionários incluem esta expressão nas suas obras, mas, na verdade, todos os filólogos, gramáticos, linguistas e demais estudiosos da nossa língua condenam o uso de «em termos de…» por considerarem a expressão um anglicismo («in terms of…») totalmente vazia de sentido no português. O fundamento, dizem, é o de que entre as várias acepções da palavra termo, nenhuma se “encaixa” nesta expressão. Alguns, relutantemente, admitem a utilização da expressão sem a preposição de, mas sempre seguida de um adjectivo. Por exemplo, em vez de «em termos de educação», teríamos «em termos educacionais»; não compreendo, porém, como é que o uso de um adjectivo já consegue “encaixar-se” na acepção apropriada (?) de termo. De qualquer forma, pergunto, que mal haverá em atribuir-se (se for o caso) mais uma nova acepção a termo? De resto, o nosso idioma é fenomenal no que toca a homonímia. Presentemente não há jornalista, político, rádio ou televisão, ninguém (ou quase), que não use tal expressão. Não há dúvida de que se banalizou de tal maneira irreflectida, que hoje temos «em termos de…» para tudo e mais alguma coisa ― desde «em termos de abacates» a «em termos de zurros», sem esquecer coisas tão patéticas como «em termos de céu azul…». Apesar de existir na nossa língua um leque de expressões que, consoante o caso, pode facilmente dispensar o uso de «em termos de» ― «em matéria de»; «em/com relação a»; «a respeito de»; «quanto a»; «relativamente a»; «no que se refere a»; «no que toca a»; «na forma de»; «através de»; «com base em»; «de uma perspectiva de»; «do ponto de vista de»; «no domínio (de)»; «no plano (de)»; «tendo em vista»; «considerando»; «tomando-se em consideração»; «tratar-se de»; «no/num contexto (+ adjectivo)»; «no âmbito (+ adjectivo)» ― devemos, ou não, condenar o uso dessa expressão?
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