Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Variedades linguísticas
Luís Vieira Eng. téc. agrícola Beja, Portugal 12K

Sou algarvio e reparo que no Alentejo não se conhece o termo "aguída". Nem sei bem se se escreve assim, mas é assim que se pronuncia no Algarve. "Aguída" é uma formiga provida de asas, e o que acho mais estranho é não existir um termo que designe o animal neste estado.

Izilda Gonçalves Terapeuta da fala Coimbra, Portugal 37K

Gostaria de saber se há diferença entre uma sertã e uma frigideira, em termos de formato, ou se esses termos se referem ao mesmo objecto, mudando apenas a palavra por questões de regionalismo?

Obrigada!

Pedro dos Santos Silva Professor Vila das Pombas, Paul, Santo Antão, Cabo Verde 15K

Na coordenação de português discutimos sobre o uso das preposições em e a. Ficámos com uma dúvida pendente sobre porque se diz «chegar a casa» e não «chegar em casa» ou mesmo «chegar na casa».

Davi Clerigo Intérprete Bruxelas, Bélgica 6K

Já aprendi a pronunciar correctamente têm há dez anos, mas a fonética do português continua a ser um mistério... Algumas dúvidas:

— Acontece com como e porque a mesma coisa que com para: /kumu/ e /purki/? É isso que eu ouço mas não tenho a certeza.

— Tem ou pode ter redução a palavra questão?

— A pronuncia /kas/ para «com as» tem conotações negativas em Portugal. Como galego, tendo sempre a dizer /kas/, já que é a única maneira de pronunciar este sintagma na Galiza.

Muito obrigado.

Paulo Manuel Sendim Aires Pereira Eng. mecânico Londrina, Brasil 8K

Tenho visto várias insinuações segundo as quais a pronúncia das capitais acaba por ser uma referência da pronúncia nacional por uma questão de convenção prática e para não se cair em discussões subjetivas.

Me desculpem, mas acho isso terrivelmente simplista e falso.

Não é preciso ver muitos filmes nem viajar muito para se saber que muitas capitais (políticas, históricas ou econômicas) têm em geral uma pronúncia considerada desviada do padrão nacional.
Assim é em Londres, Paris, Berlim, Roma, Lisboa, Nova Iorque, etc. Se uma pessoa vem dessa terra e é típica de lá, um nacional logo sabe que ela é da "capital". Não por falar o padrão, mas por ter um sotaque próprio. Existem muitas razões socioeconômicas para justificar isso...

A convenção do padrão é feita por um todo muito mais complexo. Muitos países têm a sua Coimbra de referência, como é o caso de Oxford, Salamanca, etc.

Um exemplo:

Se um angolano pronuncia "rio" diferentemente de "riu", assim como um brasileiro, assim como a maior parte dos portugueses, não é preciso ser um doutorado no assunto para ver que a convenção-padrão não deve ser a da pronúncia dita de Lisboa...

Outro fator é o que se pode chamar de imaginário. Um lisboeta pronuncia de maneira igual essas duas palavras, mas tem para si que são de pronúncias diferentes. Eu sou do Porto e pronuncio 'ão' e 'om' de maneira igual bastantes vezes, mas tenho para mim que são sons diferentes, pois há uma consciência subtil interiorizada do padrão.

Bem hajam!

Leonor Abecasis Tradutora Lisboa, Portugal 6K

A forma correcta é "glucagon", ou "glucagom"? Há fontes para ambas as formas.

Obrigada.

João Mestre Jornalista Cartaxo, Portugal 6K

Pegando no verbo revezar-se, qual é a forma correcta de escrever: «As modas foram-se revezando», ou «As modas foram se revezando»?

É que, em meu entender, o se diz respeito a «revezando» (e não a «foram»); porém, ao escrever «foram se», parece-me estranho.

Adriano Luiz Mendes Engenheiro Salvador, Brasil 61K

Sou curitibano e estou morando há 2 meses em Salvador.

Desde minha transferência, sinto alguns sons estranhos ao ouvir o falar do pessoal que trabalha comigo. Sei das diferenças regionais, e sempre me interesso por elas, inclusive para entender suas origens.

Agora, tem uma que eu não sei se eles utilizam corretamente: é o uso da preposição de.

— Me passa o contato "de" Luís?

— Esse carro é "de" Paula.

— O telefone "de" Pedro é XXXXXX.

Tentei encontrar exemplos em alguns textos e livros, mas parece que toda vez que vou com esse objetivo não consigo nada.

O certo não seria

— Me passa o contato "do" Luiz?

— Esse carro é "da" Paula.

— O telefone "do" Pedro é XXXXXX.

Desde já, obrigado.

Mónica Reis {#Arquitecta|Arquiteta} Porto/Londres, Portugal/ Reino Unido 35K

Uma amiga minha da Irlanda inscreveu-se num curso de Língua Portuguesa aqui em Londres. Há dias estava a folhear o livro de exercícios dela, e não encontrei a conjugação dos verbos na 2.ª pessoa do plural, vós.

Disseram-me que, como já não se usava oralmente, ia ser retirado da Língua Portuguesa... Isto é mesmo verdade?

Obrigada.

 

Jorge Guedes Professor Lisboa, Portugal 8K

Ainda não consegui encontrar a origem da expressão dona-elvira, como sinónimo de carripana, calhambeque...

Será que me podeis esclarecer?

Muito obrigado desde já e os meus votos de continuidade longa para este espaço de defesa da nossa língua.