Sou algarvio e reparo que no Alentejo não se conhece o termo "aguída". Nem sei bem se se escreve assim, mas é assim que se pronuncia no Algarve. "Aguída" é uma formiga provida de asas, e o que acho mais estranho é não existir um termo que designe o animal neste estado.
Gostaria de saber se há diferença entre uma sertã e uma frigideira, em termos de formato, ou se esses termos se referem ao mesmo objecto, mudando apenas a palavra por questões de regionalismo?
Obrigada!
Na coordenação de português discutimos sobre o uso das preposições em e a. Ficámos com uma dúvida pendente sobre porque se diz «chegar a casa» e não «chegar em casa» ou mesmo «chegar na casa».
Já aprendi a pronunciar correctamente têm há dez anos, mas a fonética do português continua a ser um mistério... Algumas dúvidas:
— Acontece com como e porque a mesma coisa que com para: /kumu/ e /purki/? É isso que eu ouço mas não tenho a certeza.
— Tem ou pode ter redução a palavra questão?
— A pronuncia /kas/ para «com as» tem conotações negativas em Portugal. Como galego, tendo sempre a dizer /kas/, já que é a única maneira de pronunciar este sintagma na Galiza.
Muito obrigado.
Tenho visto várias insinuações segundo as quais a pronúncia das capitais acaba por ser uma referência da pronúncia nacional por uma questão de convenção prática e para não se cair em discussões subjetivas.
Me desculpem, mas acho isso terrivelmente simplista e falso.
Não é preciso ver muitos filmes nem viajar muito para se saber que muitas capitais (políticas, históricas ou econômicas) têm em geral uma pronúncia considerada desviada do padrão nacional.
Assim é em Londres, Paris, Berlim, Roma, Lisboa, Nova Iorque, etc. Se uma pessoa vem dessa terra e é típica de lá, um nacional logo sabe que ela é da "capital". Não por falar o padrão, mas por ter um sotaque próprio. Existem muitas razões socioeconômicas para justificar isso...
A convenção do padrão é feita por um todo muito mais complexo. Muitos países têm a sua Coimbra de referência, como é o caso de Oxford, Salamanca, etc.
Um exemplo:
Se um angolano pronuncia "rio" diferentemente de "riu", assim como um brasileiro, assim como a maior parte dos portugueses, não é preciso ser um doutorado no assunto para ver que a convenção-padrão não deve ser a da pronúncia dita de Lisboa...
Outro fator é o que se pode chamar de imaginário. Um lisboeta pronuncia de maneira igual essas duas palavras, mas tem para si que são de pronúncias diferentes. Eu sou do Porto e pronuncio 'ão' e 'om' de maneira igual bastantes vezes, mas tenho para mim que são sons diferentes, pois há uma consciência subtil interiorizada do padrão.
Bem hajam!
A forma correcta é "glucagon", ou "glucagom"? Há fontes para ambas as formas.
Obrigada.
Pegando no verbo revezar-se, qual é a forma correcta de escrever: «As modas foram-se revezando», ou «As modas foram se revezando»?
É que, em meu entender, o se diz respeito a «revezando» (e não a «foram»); porém, ao escrever «foram se», parece-me estranho.
Sou curitibano e estou morando há 2 meses em Salvador.
Desde minha transferência, sinto alguns sons estranhos ao ouvir o falar do pessoal que trabalha comigo. Sei das diferenças regionais, e sempre me interesso por elas, inclusive para entender suas origens.
Agora, tem uma que eu não sei se eles utilizam corretamente: é o uso da preposição de.
— Me passa o contato "de" Luís?
— Esse carro é "de" Paula.
— O telefone "de" Pedro é XXXXXX.
Tentei encontrar exemplos em alguns textos e livros, mas parece que toda vez que vou com esse objetivo não consigo nada.
O certo não seria
— Me passa o contato "do" Luiz?
— Esse carro é "da" Paula.
— O telefone "do" Pedro é XXXXXX.
Desde já, obrigado.
Uma amiga minha da Irlanda inscreveu-se num curso de Língua Portuguesa aqui em Londres. Há dias estava a folhear o livro de exercícios dela, e não encontrei a conjugação dos verbos na 2.ª pessoa do plural, vós.
Disseram-me que, como já não se usava oralmente, ia ser retirado da Língua Portuguesa... Isto é mesmo verdade?
Obrigada.
Ainda não consegui encontrar a origem da expressão dona-elvira, como sinónimo de carripana, calhambeque...
Será que me podeis esclarecer?
Muito obrigado desde já e os meus votos de continuidade longa para este espaço de defesa da nossa língua.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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