A língua portuguesa, em ambas as variedades, português europeu (PE) e português brasileiro (PB), admite o uso facultativo de artigo diante de nomes de pessoas ou antropónimos. Assim, o uso ou não é função da região. No Sudeste do Brasil, em geral, bem como em Portugal, usa-se; já no Nordeste do Brasil, não é comum. Entretanto, os moradores do Rio de Janeiro que atravessarem a ponte e forem para Niterói, cidade vizinha, vão-se deparar com um grande contingente de falantes omitindo, como os baianos, o artigo diante de nome de pessoa.
Em consequência disso, as preposições em posição anterior ao antropónimo também serão usadas em conformidade com o uso ou não do artigo.
Vai uma citação que julgo interessante da professora e autora de livros sobre usos gramaticais Maria Teresa Piacentini (retirada daqui):
«[...]
(A) Graça pediu que você ligasse para ela.
O artigo pode ser usado junto a um nome de pessoa quando existe familiaridade. Mas em algumas regiões do Brasil dispensa-se o artigo sistematicamente diante do nome da pessoa.
[Comentário meu: Algumas pessoas usam esse argumento de familiaridade, mas em pesquisas e observações eu não encontrei argumentos que levem a essa conclusão.
João Figueiredo pediu para ser esquecido.
Os nomes próprios de pessoas (famosas ou não), quando usados por inteiro, não precisam do artigo.»