Em primeiro lugar, gostaria de vos dar os parabéns pelo vosso site, ao qual recorro sempre que tenho uma dúvida no âmbito da língua portuguesa. Hoje foi um desses dias, porém, a minha pesquisa revelou-se infrutífera; não consegui arranjar uma solução para o meu problema no vosso arquivo.
Passo, então, a explicitar a razão pela qual reclamo a vossa ajuda:
Qual a construção frásica correcta?
1 — «Espero que o meu perfil profissional e pessoal corresponda às vossas expectativas.»
2 — «Espero que o meu perfil profissional e pessoal correspondam às vossas expectativas.»
3 — «Espero que os meus perfis profissional e pessoal correspondam às vossas expectativas.»
Ora, parece-me que a primeira frase apresenta um problema de concordância do verbo com o sujeito, pois, embora aparentemente o sujeito da frase pareça ser um sujeito simples, ao qual estão associados dois adjectivos (atributos), a verdade é que nos estamos a referir a dois perfis distintos, o pessoal e o profissional. Assim, a frase seria constituída por um sujeito composto, ainda que um dos elementos nominais esteja omisso. A segunda frase seria, então, a correcta: «Espero que o meu perfil profissional e (o meu perfil) pessoal corrrespondam às vossas expectativas». A terceira frase, embora me pareça gramaticalmente correcta, é pouco escorreita e "bonita".
Gostaria de poder contar com a vossa preciosa análise.
Obrigada.
Gostaria de saber qual dos adjetivos pátrios abaixo deve ser usado por quem é natural de Brejo Santo, e qual a justificativa para tal uso: "brejosantense"; "brejossantense", ou "brejo-santense"?
Existe este verbo, "reenturmar"? Ou "enturmar"?
É correcto escrever "retroagiotopónimo"?
O contexto: nota de rodapé para um artigo de revista.
O texto: «São Gião — Retroagiotopónimo de São Julião. O orago da paróquia de Cacia é São Julião, mártir da Igreja Católica, natural de Antioquia e marido de Santa Basilisa. O seu martírio ocorreu a 9 de Janeiro do ano de 309.»
Obrigado.
Muito agradecia que me informassem sobre o significado dos seguintes termos, usados em linguagem médica:
— multimorbosidade.
Os termos são geralmente usados para dizer que não houve um factor de morte que se pudesse isolar de um modo notório, havendo antes um acumular de factores que contribuíram para a morte de uma pessoa. A agravar as dúvidas, os termos parecem ser utilizados no mesmo sentido. Mas, nesse caso, por que termo optar, se é que uma das opções é legítima?
Obrigada.
Ciberdúvidas é a nossa bóia de salvação. Se os portugueses apresentam dúvidas em relação à sua própria língua, imaginem então o que se passa com uma pessoa de origem indiana (goesa) que frequentemente lê e ouve noticiários em inglês da BBC, fala português e concanim.
Obrigado pelo vosso apoio aos náufragos.
Primeira dúvida:
1 — «Da lagarta medonha transpôs à borboleta esbelta.»
2 — «Da lagarta medonha transpôs-se à borboleta esbelta.»
3 — «Da lagarta medonha transpôs para a borboleta esbelta.»
Qual destas frases está correctamente escrita? Com a frase pretende-se dizer que a lagarta medonha transformou-se (metamorfoseou-se) numa borboleta esbelta. Da lagarta medonha passou à borboleta esbelta.
Segunda dúvida:
Nos transportes públicos é frequente ler-se:
1 — «Em pé: 50 lugares.»
2 — «De pé: 50 lugares.»
Qual destas frases está correctamente escrita?
É correcto dizer-se «O evento realiza-se no auditório principal, onde haverá lugar à Lição de Sapiência...». A expressão «haver lugar à...» é gramatical?
Definitivamente, acho humanamente impossível entender quando a palavra está um adjetivo ou particípio. Querem ver? Na frase «Eu tinha o corpo coberto de folhas», se coberto for um adjetivo, «de folhas» será um complemento nominal, mas se coberto for um particípio, «de folhas» será um agente da passiva. E então? Ajudem um pobre a entender BEM isso.
Grande abraço, amigos do Ciberdúvidas!
Já tenho visto escrita a palavra "enigmística", como respeitando às actividades lúdicas centradas na produção e resolução de enigmas, mas não a encontrei registada em vários dicionários que consultei. Será abusiva a sua utilização?
Substantivo próprio tem ou precisa de um determinante?
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