Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Sezar Gomes da Silva Professor São Paulo, Brasil 8K

No sítio da Academia Brasileira de Letras encontrei na busca no Vocabulário a palavra majorina s. f. Busquei seu significado nos mais importantes dicionários, o Houaiss e o Aurélio, não encontrei!

Não encontrei também os femininos de tenente, cabo e major!

De antemão agradeço!

Joel Puga Estudante Braga, Portugal 4K

Existem palavras e expressões consideradas erradas que já se encontram tão enraizadas na nossa sociedade, que, quando as usamos correctamente, arriscamos não ser compreendidos. Um exemplo típico é a palavra despoletar. Se a usarmos numa frase no seu sentido correcto, arrisco-me a dizer que a maior parte das pessoas não compreenderá o que se quer dizer. Por outro lado, se se usar palavra espoletar em sua substituição numa frase em que esta seja mais correcta, poderá ser compreendida, mas não terá o mesmo impacto.

A minha pergunta é a seguinte: nestas situações, que palavra escolher? Nenhuma das situações é perfeita. E quando é que podemos considerar que um erro se tornou correcto? Quando chega aos dicionários? Mas eu vejo palavras que chegaram a um grande número de dicionários com significados que, em outros locais, são considerados errados.

Agradecido pelo tempo dispensado.

Rogério Kehl Bancário Salvador, Brasil 8K

Como deve ser escrito por extenso o valor R$ 0,2116? Vinte e um inteiros e dezesseis centésimos de centavo de real? Dois mil e cento e dezesseis decimilésimos de real?

André Santos Músico Lisboa, Portugal 5K

Usar a expressão «repete igual» está errado?

Ilda Costa Professora Évora, Portugal 5K

Peço desculpa por mais uma vez estar a pôr dúvidas, mas uma vez que temos ao nosso alcance este sítio, onde contamos com a vossa disponibilidade e conhecimentos, nunca é tarde para aprender...

É correcto dizer «As inter-relações entre a vida profissional e a vida pessoal»? Não se trata de um pleonasmo?

Muito grata pela atenção.

Shin Matoba Estudante Nagóia, Japão 13K

Como tenho interês [sic] pela história da língua portuguesa, de quando em vez, venho ler artigos a este maravilhoso sítio. Deparei-me com um problema difícil de resolver, por causa do qual meu professor ficou frustrado. Qual é a diferença em nuance entre fiquei sabendo e soube. Esta pergunta pode-se reduzir à diferença entre ficar + gerúndio e o mesmo verbo simples. Será que o verbo ficar exprime não só transição de estado mas também uma açcão [sic}] duradoura? Gostaria de saber como as frases parecidas a seguir se distinguem uma da outra.

«Esteve (está) desconsciente [sic]durante dois minutos.»

«Fiqou [sic] (fica) desconsciente [sic] durante dois minutos»

Incidentalmente, percebo que ficar se parece com o verbo espanhol quedarse no aspecto verbal e no seu uso, conforme o que disse uma amiga. Agradeceria muito se pudesse resolver este problema.

Desejo de coração que este sítio continue a ser luz de esperança para todos. Muito obrigado.

Ygor Coelho Estudante Fortaleza, Brasil 7K

Ultimamente, tenho percebido o uso cada vez mais freqüente (ou frequente, pelo novo Acordo Ortográfico) da palavra não como prefixo de negação com relação a um adjetivo ou substantivo posterior como em: não-nascido (o que não nasceu) e não-ajustamento (ato de não ajustar). O que me chama atenção é a sutil diferença semântica entre usar o não e outro prefixo que indique negação: desajustamento, assim, me parece significar o «ato de fazer com que fique sem ajuste», enquanto não-ajustamento seria «o ato de não ajustar, de deixar de ajustar». Essa percepção estaria correta? De fato há uma diferença semântica entre usar um não e usar, se for possível, um prefixo como in ou des?

Muito obrigado!

Patrícia Dâmaso Professora São Miguel, Açores, Portugal 9K

Pode-se considerar «ardil», «mui leda», «despois de ...», «cousa», «senão ajuntar...» como exemplos do uso do registo popular da língua?

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil 6K

No nosso idioma, um príncipe e um grão-duque de um principado e de um grão-ducado independentes devem ser chamados apenas de «príncipes soberanos», ou também de «príncipes reinantes»? Se as duas denominações forem legítimas, haveria uma terceira?

Caberia o hífen entre as duas palavras? Elas estão sujeitas a flexão de gênero?

Gratíssimo.

Jaime Correia da Silva Profissional de seguros Lisboa, Portugal 3K

Ouvindo os jornalistas do futebol na rádio e na televisão, oiço-os sempre dizer — mal, na minha opinião — "tròfense", com o "o" aberto.  Presumo que seja por se dizer o topónimo Trofa com a tónica no primeiro "a", mas também temos Escócia e dizemos /eskucês/ (e não "eskócês").

Ou /kunimbricense/ (e não "kônimbricense" nem "kónimbricense"); ou /kulumbense/ (e não /"kôlômbense"); ou /turreense/ (e não /tôrreense" nem /tórreense"); ou /furense/ (e não "fórense" nem "forense"); ou  /kongulês/ (e não "kongôlês"); ou (/guês/ (e não "gôês"), /mussambikanu/ (e não "môssambicanu"); etc, etc.

Já agora: e bejense (também oiço ora com o primeiro "e" aberto ora com o "o" fechado)?

Gostava de saber a explicação fonética para estas pronúncias.

Muito agradecido.