DÚVIDAS

Formas de tratamento, pronomes pessoais e possessivos
Tenho duas dúvidas diferentes. A primeira é: quando estou a falar com uma pessoa extremamente mais velha do que eu, uma senhora de 80 anos, por exemplo, posso utilizar os termos “si, consigo” mesmo que eu saiba o nome da senhora? Caso eu não tenha uma relação próxima com a senhora, seria falta de educação perguntar, por exemplo: «Está tudo bem consigo, Dona Maria?» Gostava de saber se é suficientemente formal. A segunda dúvida é: Quando estou a falar com duas ou mais pessoas, considerando que eu as trato por “você”, um senhor e uma senhora, por exemplo, seria apropriado dizer termos como “convosco, vosso”? Para expressar alguma formalidade, o correto seria dizer: «Está tudo bem convosco?» ou «Está tudo bem com vocês?» Sei que “os senhores” também seria uma opção, mas não estou a referir-me a uma situação demasiado formal. Agradeço desde já.
Valores da conjunção mas
Vi, numa aula de conjunções coordenativas adversativas, que o valor semântico de "ressalva" é diferente do de "contraste". Contudo, embora a professora explicasse a diferença, ela não ficou tão clara para mim, pois foram me dados poucos exemplos. Se vocês puderem enriquecer meu material de estudos, ficaria eternamente grata. Veja abaixo o que a professora me mostrou: a) «Tentei chegar mais cedo, porém não consegui». No período composto acima, a conjunção "porém" possui valor semântico de contraste, oposição. b) «Seu discurso foi breve, mas violento». No período composto acima, a conjunção "mas" possui valor semântico de ressalva, compensação. Vocês poderiam me mostrar mais exemplos?
«Comparecer à reunião» e «apresentar-se num local»
Em «comparecer à reunião», «à reunião» é um adjunto adverbial ou complemento indireto? Vi algumas respostas sobre a regência do verbo; porém continuei com a dúvida. O dicionário da Academia Brasileira de Letras define o verbo assim (com a minha frase como exemplo): «Apresentar-se em um local determinado.» «Local determinado» não pode ser considerado um adjunto adverbial? Podem me ajudar? Agradeço aos Senhores pela enorme atenção que sempre tiveram com quem busca conhecimento.
Oração completiva: «dos dias sabemos nós que são iguais»
Nesta frase, excerto de um texto de Saramago, «Naturalmente, a sua vida era feita de dias, e dos dias sabemos nós que são iguais», a oração «que são iguais» é substantiva completiva, mas, tratando-se de Saramago, eu dei voltas à oração e parece-me que poderia ser adjetiva relativa restritiva, sendo «que» um pronome relativo cujo antecedente é «dias»: «Nós sabemos dos dias que são iguais.» («que são iguais» pode ser substituído pelo adjetivo iguais – «Nós sabemos dos dias iguais»). Não sei se faz sentido a minha dúvida. Isto deixou-me baralhada porque eu vejo «dias» como o antecedente. Obrigada.
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