A sua pergunta:
As seguintes frases, as primeiras foram traduzidas do inglês, estão a levantar alguma controvérsia numa tradução:
— Obrigado.
— Por quê?
Em inglês:
— Hey. Thanks.
— For what?
Eu defendo que está correcto o texto de chegada (até porque em inglês está «for what» e não «why», até porque tal como em português, em inglês é «to be thankful for» ou «to thank for», ou seja, um verbo regido de preposição) visto que este «por quê» se refere a «pelo quê» (motivo específico pelo qual se está a agradecer) e não porquê, já que agradecemos por alguma coisa a alguém e não agradecemos "porque" alguma coisa a alguém. No entanto, recebi algumas opiniões contraditórias, que me dizem que o porquê deve vir sempre junto em português europeu, seja qual for o contexto, somente surge separado em PT Brasil.
Portanto, gostaria de saber se está correcto usar esta forma em PE, ou mesmo que «por quê» signifique «pelo quê», em PE, nunca se deve usar e portanto deve usar-se «pelo quê», neste contexto?
Muito obrigada.
Quero saber a etimologia da palavra narrar.
Quando queremos referir um espaço temporal, por exemplo, de 1935 a 1950, devemos escrever 1935-1950, ou 1935 – 1950? Devemos optar pelo hífen, ou pelo travessão?
Obrigada.
Uma Aventura na Ilha de Timor, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Editorial Caminho, Lisboa, 2011, página 107.
Passo a citar o excerto para análise:
— Ele paga-me! Ele paga-me! É só deitar-lhe a mão e vocês vão vê-lo a ganir.
— Cuidado, chefe! Não convém que nos ouçam!
O mecânico também ficara piurso por ter sido inútil a sua habilidade.
— Conte comigo para o desfazer assim que o encontrar.
A questão é: neste contexto, o que significa realmente o adjectivo "piurso"? Esta palavra encontra-se aceite na língua portuguesa? Será um neologismo? Consultei o dicionário de língua portuguesa da Texto Editora, de 2006, mas a palavra não se encontrava lá registada. Gostaria que os senhores me pudessem esclarecer.
Grato pelo comentário possível.
A qual classe gramatical pertence o termo etc.?
Como deverá ser pronunciado Walter — "valter", ou "ualter"? Como William ("uilian") ou Wilson "uilson"?
Antes de mais nada, parabéns pelo site. Sei que já analisaram questão parecida antes, mas gostaria muito de nova análise, com cautela. Posso até estar errado, mas preciso dividir isso com pessoas mais capazes que eu. A primeira vez que li em uma gramática que o quem é um pronome relativo sem antecedente, achei um absurdo. Explico por quê: é sempre possível substituir tal pronome (que, para mim, é um simples pronome indefinido) por uma locução pronominal indefinida quem quer que ou seja quem for que. Assim, não há o porquê de malabarismos analítico-nomenclaturais ao quem, tão perpetuados, qual dogma, por grandes mestres (eles fazem moda... mas o tempo passa). Exemplo: «Quem comigo não ajunta espalha» ou «A presidenta só convida quem tem potencial»; "alguns" vão dizer que o quem é um relativo sem antecedente, mas "qualquer um" sabe que a substituição por uma locução pronominal indefinida é muito acertada e reflete o uso da língua: «Seja quem for que comigo não ajunta espalha» e «A presidenta só convida "quem quer que" tenha potencial». Assim, não há relativo sem antecedente coisa nenhuma (na minha cabeça de falante, e culto), o que há é um mero pronome indefinido.
Gostaria de ouvir suas considerações, pois acho sinceramente que não estou lucubrando.
Aquando de uma pesquisa através de um motor de busca da Internet, relativamente à expressão utilizada na área da culinária, encontrei a seguinte expressão nas páginas de Portugal: «pato confitado». Como conheço bem a cozinha francesa, associei de imediato esta expressão a uma receita tipicamente francesa chamada "confit de canard", que consiste num prato onde a carne de aves, neste caso de pato, é cozida e conservada na própria gordura.
A minha questão recai sobre a utilização do adjetivo "confitado", este termo é utilizado com frequência em receitas, mas não se encontra em nenhum dicionário ou glossário da área. Podemos utilizar este termo como o equivalente português do termo confit em francês, uma vez que este acabou por ser adotado e amplamente utilizado neste domínio?
Gostaria de receber o vosso parecer relativamente a esta questão.
Desde já, obrigada.
O arquiduque austríaco Franz Ferdinand, assassinado em Saraievo em 28 de junho de 1914, fato este que foi o estopim para o início da Primeira Guerra Mundial, tem o seu nome, que é alemão, aportuguesado no Brasil como Francisco Ferdinando, única forma em uso entre nós, brasileiros. O nome foi aportuguesado ou acastelhanado, já que em português Ferdinand é Fernando, e não "Ferdinando", que é o prenome espanhol correspondente tanto ao nosso como ao alemão.
Diante destes fatos, suspeito que estamos perante um pseudoaportuguesamento, pois a forma usada no Brasil deveria ser "Francisco Fernando", esta, sim, legitimamente portuguesa.
Qual é a usada em Portugal?
Os preciosos comentários do Ciberdúvidas, por favor.
Muito obrigado.
Uma pessoa é abstémia (na sua vida quotidiana não costuma consumir bebidas alcoólicas). Qual é o substantivo relativo à situação apresentada por este adjectivo, da mesma maneira que, por exemplo, uma pessoa que é feia tem fealdade?
Grato pela resposta possível.
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