O verbo desencaroçar é usual no Brasil. Tenho-o encontrado também em alguns sítios portugueses da Web, o que me faz supor que ele tenha algum uso aí entre vós, os portugueses. Tanto no Brasil como em Portugal, há utensílios denominados desencaroçador, palavra que certamente formou-se pelo verbo desencaroçar + o sufixo -dor, como ocorre com outros casos similares. Exs.: abrir + -dor: abridor; moer + -dor: moedor; coar + -dor: coador. Sempre é um verbo no infinitivo mais o sufixo mencionado.
Portanto, a existência do substantivo desencaroçador faz supor a existência do verbo desencaroçar. Ocorre, todavia, que não o encontro consignado em dicionários brasileiros de nomeada (salvo o Houaiss, que não consultei), e nem no da Porto Editora em linha.
Assim sendo, pergunto-vos se o referido verbo, que, aliás, me parece bem formado, já pode mesmo ser usado, se já foi abonado por algum dicionário respeitável, ou se há outro verbo equivalente.
Muito obrigado sempre.
Há o plural do substantivo adjetivado quando ele não indica cor? Exemplos: "homens-máquinas", "eventos-monstros", "laranjas-limas".
Na frase «De muitos destes bonecos sobram certos bocadinhos...», estarei certa se identificar as seguintes classes (antiga terminologia)?
muitos e certos — determinantes indefinidos?
Em alguns artigos de crítica literária e outros textos (mais relacionados com análise de álbuns (enquanto obra literária para a infância) tenho encontrado a referência a elementos paratextuais da obra — indicando quer elementos do texto visual, quer elementos do texto verbal "dentro" da obra ou referências evocadas por excertos de comentários "sobre" obra, autor/a, ilustrado/a, etc. Em outros artigos, estas denominações são separadas, isto é: elementos peritextuais: tudo o que diz respeito à obra propriamente dita; elementos epitextuais: todas as referências "sobre" a obra (como comentários, dados sobre obra, autores/as, etc.). Qual a expressão mais correcta, ou estarão as duas correctas (assumindo que são todas elas "neologismos")?
Qual seria, porventura, o gentílico da Samogícia, antiga região do Leste Europeu, hoje integrada ao território da Lituânia? Caso exista, por favor, dizei-me se ele funciona como adjetivo e substantivo.
Muito obrigado.
Qual seria, porventura, o gentílico da Podólia, região da Ucrânia? Caso exista, por favor, dizei-me se ele funciona como adjetivo e substantivo.
Muito obrigado.
Qual seria, porventura, o gentílico da Pomerélia, antiga região da Polônia? Caso exista, por favor, dizei-me se ele funciona como adjetivo e substantivo.
Muito obrigado.
Qual o coletivo para minhoca, formiga e mosca?
A construção frásica «Esperemos fazer parte de muitos outros momentos» suscitou algumas dúvidas entre amigos. O verbo volitivo esperar, tal como outros, dadas as suas propriedades sintático-semânticas, usualmente introduz orações subordinadas completivas e os verbos no modo conjuntivo (como em «Esperamos que a reunião comece cedo» — neste caso, o verbo esperar encontra-se no presente do indicativo e o verbo da completiva no conjuntivo). Todavia, na frase anterior, tendo por base o ato ilocutório expressivo, em que o locutor se incluiu entre os demais, como se se tratasse de uma exortação, a conjugação do verbo esperar no presente do conjuntivo está incorreta?
Muito obrigada e parabéns por este magnífico sítio.
Quando estamos a referir leis físicas, devemos apresentar «Lei de Newton», ou «lei de Newton»?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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