Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Paulo Alexandre dos Santos Silva Desempregado Ponte de Lima, Portugal 5K

As seguintes palavras são palavras parónimas?

Plágio e Pelágio; remuneração e renumeração

Josina de Carvalho Estudante Luanda, Angola 5K

Gostaria de saber qual das expressões seguintes é a correcta e qual é o significado de cada expressão indica: «Igualdade no género», «Igualdade de género» e «Igualdade entre os géneros».

Noélia Milheiras Técnica informática Montijo, Portugal 10K

Gostava de saber qual o antónimo de melhoras.

Por exemplo, é costume dizer «comecei a sentir as melhoras». O antónimo será «comecei a sentir as pioras»?

Ou, em vez de «desejo as melhoras», será «desejo as pioras»?

Anabela A. Professora Santarém, Portugal 28K

Ao resolver uma questão duma prova aferida de treino para o 4.º ano, tive dúvidas na resposta correta, uma vez que alguns alunos deram várias respostas.

Na prova, a questão vinha assim:

«Lê a seguinte frase: "A cesta vinha cheia de carapaus frescos."

Reescreve a frase, colocando o adjetivo no grau superlativo absoluto sintético.»

A maioria dos alunos identificou o frescos como sendo o adjetivo e escreveram «fresquíssimos», mas outros tantos identificaram a palavra cheia como sendo o adjetivo.

Qual é de facto a classificação morfológica da palavra cheia?

E como devia ser reescrita a frase?

Jurandir Marinho Servidor Público Ferraz de Vasconcelos, Brasil 82K

É comum (ao menos no Brasil) chamarem-se «consoantes mudas» àquelas não seguidas de vogal, como o p da palavra helicóptero.

Porém, [...] fui alertado para o fato de que consoantes mudas são aquelas que não são pronunciadas, com o c da palavra facto no português europeu. Daí me veio uma dúvida: que nome se dá a consoantes como o p de helicóptero ou o c de caracterizar?

Ou seja, consoantes que são efetivamente pronunciadas.

Rogério Matias Professor Viseu, Portugal 15K

Em finanças empresariais usam-se muito os termos antecipado e postecipado para designar capitais ou juros que vencem no início ou no fim de determinado período, respetivamente (exemplos de expressões correntes: «rendas postecipadas», «juros postecipados»). Também se encontra com frequência escrito postcipado (sem o e).

Das pesquisas que já fiz, sou levado a pensar que as palavras postecipado e postcipado não existem. Se assim for, tratando-se de um termo "corrente" (muito utilizado) nesta área específica, que sugestões para os substituir? Em resposta à questão 15 314 (ano de 2005) foram sugeridas duas alternativas que, com honestidade, não me parecem nada frequentes na gíria financeira (diz-se habitualmente «a renda é de termos postecipados», mas não «a renda é de termos a posteriori» ou, menos ainda, «a renda é de termos de pagamento posterior»).

Pergunta objetiva: é muito grave usar neste contexto (gíria financeira) a palavra postecipado?

Pedro Faria Engenheiro Londres, Inglaterra 18K

«Pagar em efectivo» usa-se no português (de Portugal) corrente, ou esta expressão é uma tradução não comum da expressão espanhola «pagar en efectivo»? Usei esta expressão e fui "gozado", mas penso que seja uma expressão que se usa no português — mais até do que «pagar em espécime» ou «pagar em espécie».

Maria Monteiro Professora de Língua Portuguesa do 3.º ciclo e do sec. Viana do Castelo, Portugal 8K

Relativamente ao Dicionário Terminológico, que é o documento orientador do Conhecimento Explícito da Língua, muitas dúvidas me têm inquietado, sobretudo no que se refere aos constituintes selecionados pelo nome, quando se trata de um grupo preposicional, iniciado por de, pelo facto de esse grupo poder exercer sintaticamente a função de complemento do nome ou modificador restritivo do nome.

Tendo em conta o contexto (perspetiva inerente ao CEL), eu questiono se o mesmo grupo preposicional pode mudar de função sintática em função do dito contexto, como acontece no grupo verbal (complemento oblíquo/modificador do grupo verbal). Concretizando, na frase: «A cidade de Viana do Castelo localiza-se na região do Minho», o grupo «de Viana do Castelo» é complemento do nome, ou modificador restritivo? A mim parece-me que a palavra cidade exige/seleciona, neste contexto, um complemento, logo seria complemento de nome. Porém, na frase: «Eu vou à cidade de Viana do Castelo», o mesmo complemento me parece dispensável, ou seja, o nome cidade não o exige, o que me leva a pensar que é modificador restritivo, pelo facto de a aceção do nome cidade ser diferente, já que, no segundo caso, o significado de cidade pode ser antónimo de aldeia (e não repartição administrativa, como na primeira situação).

Ainda a este propósito, considera-se que o grupo preposicional «de gravuras» na frase «Gostei do livro de gravuras» é modificador, ou complemento do nome?

Já detetei versões diferentes em livros/gramáticas. E na frase «Coloquei o livro de gravuras na estante», a função é a mesma?

Giana Constantin Tradutora Bucareste, Roménia 4K

Agradecia que explicassem o significado da palavra mordorado, que aparece na novela A Confissão de Lúcio, de Mário de Sá-Carneiro, tanto como adjectivo bem como advérbio, como na frase seguinte:

«Entretanto as cadeiras haviam-se deslocado e, agora, o escultor sentava-se junto da Americana. Que belo grupo! Como os dois perfis se casavam bem na mesma sombra esbatidos – duas feras de amor, singulares, perturbadoras, evocando mordoradamente perfumes esfíngicos, luas amarelas, crepúsculos de roxidão. Beleza, perversidade, vício e doença» (cap. I).

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 6K

A região histórica da Íngria, situada em sua maior parte na Rússia, tem como gentílico, em português, íngrio, ingriano ou outro? Caso me aponteis algum, por favor, dizei-me se ele funciona com adjetivo e substantivo.

As etnias tradicionais dessa região são os vótios e izorianos. É como aparecem escritos na Internet. Pois bem, estas formas assim grafadas estão devidamente adaptadas para o nosso idioma?

Com a palavra o luzeiro-mor da Internet, o Ciberdúvidas, é claro, é claríssimo.