Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
José Botelho Notário aposentado Lisboa, Portugal 7K

Constou-me que seria de evitar a expressão «qualquer outro». Exemplifico com a seguinte frase: «João é bom rapaz, tal como qualquer outro.» A fundamentação veiculada vai no sentido de não ser necessária a combinação das duas palavras para se obter o mesmo significado. Tratar-se-ia, segundo o opinante em causa, de expressão exagerada e empolada. Quid juris?

Muito obrigado.

Maria José Cabral Professora aposentada Lisboa, Portugal 11K

Gostaria de saber se é legítimo utilizar a palavra cante para referir o designado «cante alentejano», em vez de canto ou cantares. Hoje, numa aula onde estive, várias pessoas foram contra aquela designação que consideram uma corruptela de canto, apenas devido à fonética da língua, naquela região – Alentejo, que pronuncia geralmente como terminando em "-te", as palavras que se escrevem com terminação em -to.

Muito obrigada desde já.

Cácia Leal Professora Brasília, Brasil 3K

Sempre vejo escrita a expressão «ano de», como na frase: «As inscrições para o ano de 2015 estarão abertas no próximo mês.» No entanto, o uso do de nesse contexto me causa muita estranheza. Está correto esse uso? Com base em que regra gramatical? Não seria melhor escrever a mesma frase da seguinte maneira: «As inscrições para o ano 2015 estarão abertas no próximo mês»?

Obrigada.

Maria Conceição Luís Professora Lisboa, Portugal 13K

Pedia a escansão dos versos «Quem ora soubesse/ onde o amor nace/ que o semeasse». Nos versos apresentados há encontros vocálicos no 2.º e 3.º versos.

Obrigada.

Misael Abreu Estudante Simão Dias, Brasil 81K

No Brasil, costuma-se corrigir, em textos mais formais, o emprego de num (contração de em + um) e suas flexões. Existe no país a ideia (entre os mais prescritivos, obviamente) de que num é exclusivamente de uso informal e não deve ser posto em textos com maior grau de formalidade. Apesar de saber que se trata de uma prescrição, eu a considero questionável, uma vez que esse "erro" da escrita é usado amplamente no português falado e não contraria os processos de contração da língua – haja vista que costumamos juntar preposições com artigos. Nesse sentido, gostaria de obter do Ciberdúvidas um posicionamento sobre essa questão. Deve-se mesmo censurar o uso de num na escrita? Existe em Portugal semelhante condenação?

Eduardo Pereira Professor Braga, Portugal 7K

Com frequência leio em notícias expressões como esta: «O investimento atingiu os 100 mil euros.» O uso do artigo definido antes do valor em euros ou outra moeda está correcto?

Muito obrigado.

Luís Fernandes Country manager Paris, França 6K

Estou em crer que a palavra transfert, «transporte de passageiros», tem tradução possível em português à semelhança do que ocorre no Brasil e em Espanha, e nesse sentido desejaria saber qual a tradução mais adequada.

Seria «traslado» ou «transferência»? E qual destas colhe melhor em Portugal (mais usada)?

Com os meus antecipados agradecimentos.

Luís Fernandes Country manager Paris, França 6K

Desejaria por favor que me indicassem a tradução em português de shabak. Trata-se de povo que vive no norte do Iraque. Caso assim seja possível, agradecia o mesmo para shabaki, que é o idioma falado por este mesmo povo.

Com os meus agradecimentos antecipados.

Mónica Ferreira Professora Lisboa, Portugal 4K

Na frase «fiz uma peregrinação a Santiago de Compostela», qual será a função sintática de «a Santiago de Compostela»? Pensei, inicialmente, que seria complemento oblíquo, até fazendo uma analogia com o que sucede na frase «peregrinei a Santiago de Compostela» ou «fui a Santiago de Compostela».

No entanto, tendo em consideração a presença da expressão nominal «uma viagem», que desempenha a função sintática de complemento direto, não poderíamos considerar a expressão «a Santiago de Compostela» como predicativo do complemento direto? Será gramatical a frase «Eu fi-la a Santiago de Compostela»?

Obrigada pela atenção.

João Costa Funcionário Público Lisboa, Portugal 5K

O vocábulo "excecionamento", presente em alguma legislação, está correto no português de Portugal?