Algumas dúvidas que recolhi, ouvindo ou lendo aqui e ali:
1 - Assuntar (no sentido de tratar deste ou daquele assunto) está correcto? Esta ouve-se na telenovela brasileira "Meu Bem Querer", que passa actualmente na SIC.
2 - "Por isso ninguém se orgulhe de despertar amor: ele é um efeito de sombras, de entendimentos com um passado de que nem sequer fomos testemunhas." É uma citação do livro "Crónica do Cruzado Osb", de Agustina Bessa Luís. A despeito de tão ilustre autora, pergunto: a seguir a "por isso" não devia haver uma vírgula? Não é a primeira vez que vejo em livros e jornais essa omissão. Ou será meu o engano? Por analogia, um período ou uma oração iniciados pela locução "de facto" não obriga também à vírgula («De facto, não correu bem o exame»)?
3 - Cabo-verdiano ou caboverdeano? E porque é que em Cabo Verde se escreve caboverdeano?
Muito agradecida.
Estou escrevendo a minha tese de mestrado, que se inicia com a seguinte frase: "Cárie dental é a desmineralização da estrutura do dente, devido à presença de ácidos, os quais são produzidos por bactérias". Meu orientador insiste em dizer que a frase não tem sentido lógico e que a palavra "devido", no lugar em que está, não dá sentido à mesma. Mais: ele me pede para trocar a ordem das orações que compõem a frase, sugerindo que desta forma eu talvez pudesse ver a falta de sentido de que ele tanto reclama. Como posso convencê-lo de que a frase acima tem sentido e está correta? Obrigado.
Observação: sou estatístico e estou analisando dados relativos à área de Odontologia.
A palavra ênfase usada na voz passiva com o verbo dar:
Exemplo: "O nosso curso é dado ênfase a ou em conversação"?
Sou estatístico e estou escrevendo a minha tese de mestrado. Meu orientador faz questão de dizer que a seguinte frase está correta:
"Há evidências de que a escova A é melhor do que a B". Tenho certeza de que o certo é:
"Há evidências de que a escova A seja melhor do que a B". Como poderei convencê-lo de que a minha frase é a correta?
A palavra familiar pode ser utilizada no feminino?
Ex.: A sua familiar vem visitá-lo.
Sou galego, e por isso escrevo na norma galego-portuguesa da AGAL, que mantém a ortografia comum luso-brasileira com algumas adaptações, em todo caso mínimas, que representam as peculiaridades da variante galega da língua portuguesa ou galego-portuguesa.
A AGAL decidiu optar polo uso do trema (¨), tal como fai o padrom brasileiro.
A minha pergunta é a seguinte: não seria preferível também para Portugal o uso do trema em palavras como freqüente, argüe (que evita a estranha "argúe"), tranqüilo, etc., uma vez que tanto para a aprendizagem da língua por parte de estrangeiros como para os próprios lusófonos (nom apenas portugueses, mas brasileiros, galegos e os correspondentes africanos, timorenses e asiáticos) seria pedagogicamente mais efectivo e didáctico o emprego desse sinal?
De outro modo, como sabe um estrageiro que o grupo que u de "frequente" ou de "sequela" nom se lêm como o de "questom" ou "aquel"? Ou que o grupo gê u de "linguiça" nom se lê como o de "guiar"?
Li há dias, num jornal de Lisboa, alguém a escrever "massividade". Como ele também escrevia "'talhe' de foice", em vez de "talho de foice", fiquei duplamente desconfiado. Querem fazer o favor de me esclarecer.
Obrigado.
Vi recentemente escritas as seguintes palavras desta forma:
pedagogico-didáctico, historico-cultural, tecnico-científico.
Estão correctas? Se sim, porquê?
Agradeço ao prof. Peixoto da Fonseca a sua resposta de 6/1/99 sobre o mesmo tema, mas sobram-me algumas dúvidas.
Na designação Gentílicos do V/ Glossário é referido como correcto o termo saraui, enquanto na resposta à minha pergunta se diz que o correcto é sariano.
Quanto a azerbaijanês, que consta também do Glossário, diz-se apenas que é dif. (diferente) de azeri, designação que a resposta do prof. Peixoto da Fonseca rejeita liminarmente.
Já agora, permito-me insistir: à capital de Porto Rico devemos chamar San Juan ou São João?
Gostaria de saber a conjugação do verbo requerer no indicativo e subjuntivo.
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