Tenho uma dúvida, relacionada com um recurso retórico, muito usado por advogados nas suas argumentações, cujo nome já soube, mas neste momento sou incapaz de reproduzir. Então, gostaria que me informassem sobre o recurso estilístico(?) ou figura de retórica presente em «Isto, para não falar de...». Na verdade, dizendo-se que não se vai falar de determinado assunto acabamos por estar, propositadamente, a referi-lo.
O que significa "tarudo"? Procurei nos dicionários "Aurélio" e "Houaiss" e não encontrei. O vocábulo está em um discurso de Rui Barbosa, como crítica à República brasileira do começo do século XX:
«Na República os tarados são os tarudos. Na República todos os grupos se alhearam do movimento dos partidos, da ação dos Governos, da prática das instituições. Contentamo-nos hoje com as fórmulas e aparências, porque estas mesmas vão se dissipando pouco a pouco, delas quase nada nos restando."
É sempre muito bom poder contar com o excelente trabalho que realizam.
Espero que tenham boas férias.
Ao referir-me à categoria profissional exercida por um homem indubitavelmente digo «técnico superior de informática». Como devo fazer em relação a uma senhora: «técnica superior de informática» ou «técnica superiora de informática»?
Obrigado.
«O que nos leva a tomar a iniciativa...»
Fiquei na dúvida com relação a repetição do "a" na frase acima. Não está sobrando "a" na frase?
Li no livro "O aspecto em português" por Sônia Bastos Borba Costa que o verbo ir não pode ser auxiliar de perífrase imperfectiva no Pretérito Perfeito Composto e que nesses casos só caberia o verbo vir. Por exemplo, em vez de «*Eu tenho ido lendo»" ocorre «Eu tenho vindo lendo». Em vez de «*Tem ido sendo lido» ocorre «Tem vindo sendo lido».
Não obstante, encontrei na Internet exemplos com o verbo ir como auxiliar:
«1. O FÓRUM PRIVADO BRAVENET é protegido com palavra-passe, e isso é resultado da experiência que se tem ido recolhendo em outros “sites” e fóruns espalhados um pouco por todo o mundo.
2. Diante dos baixos preços dos nossos produtos, provocados pelos maus governos de Salinas, Zedillo e Fox, a nossa situação e as condições de vida têm ido piorando.
Os exemplos da Internet são errados? Seria melhor com «se tem vindo recolhendo» e «têm vindo piorando»?
a) Como eu classifico esta frase?
b) Não teria que colocar a vírgula após "fumaça"?
Obrigado desde já!
Tenho um livro que diz que o verbo custar no sentido de ser custoso, difícil, sendo o sujeito uma oração reduzida do infinitivo, pode vir com a preposição a. Ou seja, teríamos duas construções possíveis:
1) «Custa-me crer na sua honestidade»; e
2) «Custa-me a crer na sua honestidade».
Porém, outros livros não citam essa construção. Ela procede?
Por que no Brasil todos os meus familiares grafam Manoel com "o" e os de Portugal Manuel com "u", se somos todos da mesma família?
Há alguma regra que comprove a posicão das reticências diretamente após a palavra, sem espaco entre ambas?
Trabalho na Alemanha como tradutora e, como em alemão há um espaço entre as reticências e a palavra, o tipógrafo insiste em fazer a mesma coisa com os textos em português, afirmando que se trata aqui de uma regra de pontuação internacional. Eu acho que o tipógrafo está errado. Não encontrei em nenhuma das minhas gramáticas qualquer comentário acerca disso. Mas nunca vi, em português, espaço entre as reticências e a palavra. Para pôr fim a essa discussão, peço a vossa ajuda.
Obrigada.
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