Ao escrever, saiu-me uma palavra que eu sempre usei: "reconchegar". O Word não a reconheceu, no entanto.
Foi então que consultei dicionários e não a encontrei, não obstante ela ter feito parte de toda a minha vida. Fui encontrá-la apenas aqui no Dicionário Estraviz. De seguida, lembrei-me que reaconchegar é também palavra que eu já usara, mas também esta não é consagrada em dicionário algum (embora, morfologicamente me parece bem construída, com o prefixo re + aconchegar).
Assim, a pergunta: existem ou não essas palavras?
Obrigado.
No semanário Expresso, num e-mail com uma resenha de notícias, li o seguinte texto: «Irão os israelitas retaliar o Irão?»
«"É um ponto de viragem, estamos num momento perigosamente imprevisível”, considera John Strawson, perito em Estudos do Médio Oriente, em declarações ao Expresso.»
A minha dúvida é sobre a utilização do verbo retaliar.
«Irão os israelitas retaliar o Irão» ou, o que me parece ser mais correcto, «irão os israelitas retaliar contra o Irão»?
Agradecendo uma vez mais o vosso interessante e útil serviço público, aguardo o vosso esclarecimento.
Gostaria de saber, por favor, a diferença entre lembrar e relembrar.
Muito obrigada.
Pelo que tenho visto, a regência do verbo importar-se é diferente no português do Brasil e no português de Portugal.
Em Portugal, o verbo deve ser sucedido da preposição de antes de indicar o verbo que o complementa, certo?
Exemplo: «Ele não se importa de ir à estação de comboios.»
Mas e quando não há sucessão de verbo? Por exemplo: «ele não se importa da menina».
Não seria correto trocar o de pelo «com a»? Ex.: «ele não se importa com a menina».
Na frase «enquanto estavas a dormir, ela teve tempo de fazer o jantar, comer e descer ao café», é possível substituir o de por para?
«Enquanto estavas a dormir, ela teve tempo para fazer o jantar, comer e descer ao café.»
Obrigada!
As expressões «primos paralelos» (filhos de irmãos do mesmo sexo) e «primos cruzados» (filhos de irmãos de sexos diferentes) são usadas em português europeu?
Muito obrigada.
No Brasil, é usual chamar o/a próprio/a professor/a ou patrão/oa pelo nome. E nos outros países e territórios lusófonos? É assim também?
Ou seguem o modelo dos países e territórios anglófonos e hispanófonos, que indicam chamar de Sr./ª + sobrenome?
Muitíssimo obrigado!
Queria perguntar sobre três adjetivos relacionados com o choro: choroso, lagrimoso (lacrimoso), plangente.
Como compreendi a partir das definições dos dicionários, estes adjetivos podem ser considerados como sinónimos. Contudo, parece que existe uma diferença estilística entre eles.
Choroso parece ser uma palavra neutra, enquanto lagrimoso (lacrimoso) e plangente parecem ser palavras cultas, pertencentes à literatura. Será assim mesmo?
Também encontrei os exemplos em que todos os adjetivos mencionados se usam com a palavra voz: «voz chorosa»; «voz lagrimosa»; «voz plangente».
Digam, por favor, se estas três combinações de palavras têm o sentido diferente. Se sim, quais são as diferenças?
Desde já agradeço.
As minhas saudações a toda a equipe do Ciberdúvidas.
Gramáticas há que sugerem a formação proclítica de orações optativas «Bons olhos o vejam», «Bons ventos o levem», em vez de “Bons olhos vejam-no” e “Bons ventos levem-no”. Se eu entendi bem, poderia levantar a hipótese que orações desse tipo deriva de construção oracional do tipo «Eu desejo (que) …»?
Contudo, se se mudasse a ordem da oração, prevaleceria o fator de próclise “O vejam bons olhos” e “O levem bons ventos” ou mudaria para o fator de ênclise “Vejam-no bons olhos” e “Levem-no bons ventos”?
Porque, segundo gramáticas normativas, orações não podem iniciar por pronome oblíquos átonos. Acredito também que, se mantivesse a conjunção que, ficaria em próclise «Que os vejam bons olhos» e «Que os levem bons ventos», não é? Orações optativas e orações absolutas são a mesma coisa?
Então, que tendes a dizer-me de tudo isso?
Obrigado antecipadamente a toda a equipe por vir sanando muitas dúvidas do nosso idioma ao longo dos anos.
Na frase «O evento caiu no esquecimento.», o segmento «no esquecimento» não poderá ser complemento oblíquo?
Obrigada.
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