«Biologia» é uma palavra derivada por sufixação (biólogo mais o sufixo -ia)? Ou, simplesmente, não é derivada?
Diz-se «envia-a», «envia-la» ou ambas, conforme os casos?
Como analisar sintacticamente a seguinte frase? «Ontem, na escola o Fabio escreveu a lição ao professor.»
As perguntas dos consulentes do Ciberdúvidas revelam as eternas e tão quotidianas preocupações de quem fala uma língua com grandes tradições culturais de novecentos anos. Foi o que aconteceu na semana que ora termina.
Uns preocupam-se com questões ortográficas, como as regras da translineação; e o Ciberdúvidas responde-lhes, porque tais regras existem segundo princípios que permitem a unidade do espaço linguístico do português.
Outros querem saber qual é a pronúncia desta ou daquela palavra, porque alguém lhes fez um reparo ou porque a pronúncia de uma dada região os intrigou. E o Ciberdúvidas mostra que há padrões de pronúncia, ao mesmo tempo que regista variações regionais, que podem ser aceites, sem pôr em causa a inteligibilidade mútua.
Muitos desejam refle(c)tir sobre a língua: querem compreender por que razão a sua intuição rejeita certas construções ou certas palavras; ou querem apurar a apreensão de conceitos através da descrição do sentido dos vocábulos e das suas relações. E os nossos especialistas em sintaxe, em semântica e em léxico esclarecem essas dúvidas, muitas vezes abrindo perspectivas e suscitando ainda mais perguntas para novas respostas.
E – reflexo do sobressalto que percorre o mundo por causa da ameça da "gripe das aves" – também se quis saber a diferença entre pandemia, epidemia e endemia.
Finalmente, houve quem quisesse saber mais sobre as suas origens; e surgem assim as perguntas sobre a toponímia de uma dada região ou sobre os gentílicos correspondentes a cada cidade, vila ou aldeia.
É talvez porque sentem que esta língua é o seu maior património que os nossos consulentes mostram preocupação com os desafios de um mundo em que o inglês impera. Conseguirá o português resistir a este embate? Claro, porque, além de sermos muitos, é o português que faz quem somos e o que viermos a ser.
Qual é a diferença entre epidemia, endemia e pandemia?
Obcecado e pneu? A dúvida surgiu em sala de aula. Quero saber se há algum fonema entre as consoantes "pn" e "bc", pois pareceu-me que há um "i" (pelo menos, essa é a impressão que há nos falantes do português do Brasil). Desde já agradeço.
Veio a dúvida no Tribunal sobre o uso ou não do hífen na expressão «atividade meio». Depois de afirmar que não concordo com o hífen, parti do princípio da regra da composição de dois termos de significados independentes, que quando se juntam permanecem com o mesmo sentido. Um exemplo seria o da palavra sofá-cama.Lendo Margarida Basílio (Teoria Lexical), encontrei alguma fundamentação que pudesse justificar o uso. Entretanto é um entendimento um tanto generalista.Gostaria de uma fundamentação mais aguçada. Atenciosamente,
«Indo-a buscar» ou «indo buscá-la»?
Gostaria de saber por que razão no Minho existem tantas terras com a terminação em -ães.
Antes de tudo, muito obrigado pelo vosso excelente trabalho. Mais do que uma vez recorri ao "site" para procurar resposta às minhas dúvidas e, praticamente, tenho-as encontrado sempre. Desta vez, porém, tenho uma para a qual não encontrei resposta. O que é correcto:«O resto da viagem foi penoso» ou «o resto da viagem foi penosa»? Obrigada.
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