O uso do hífen deve ter lugar, sobretudo, por razões fonéticas. O hífen separa os elementos constituintes das palavras compostas de modo a que a leitura seja mais fácil. Seguem-se dois exemplos. Na palavra anti-inflamatório, o hífen distingue o primeiro do segundo elemento. Deste modo, mantém-se a sílaba ti como tónica secundária e distinta da sílaba in do segundo elemento.Na palavra anti-higiénico, para além de razões fonéticas, há também razões históricas que justificam o uso do h inicial do segundo elemento. No caso da palavra sofá-cama, o hífen permite que a sílaba fá seja marcada como aberta, de acordo com a pronúncia normal.Razões que desaconselham a ligação de actividade e meio com hífen. Actividade – não funciona como antepositivo em nenhuma palavra da língua portuguesa. Meio – funciona como antepositivo em palavras como meio-irmão, meio-soprano, etc. Nestas palavras, o elemento meio- significa «metade». Nunca funciona como pospositivo (ou segundo elemento das palavras compostas). Se tivermos em atenção casos como copo de vidro, em que os elementos mantêm a sua autonomia gráfica, parece-nos que «actividade e meio» ou «actividade como meio» ou outros conjuntos adequados são preferíveis porque, embora longos, são mais compreensíveis a qualquer leitor. A clareza do discurso, ainda que mais extenso, é fundamental na comunicação escrita ou oral. Como o possível vocábulo formado por actividade e meio teria uso restrito, menos se justifica a grafia com hífen. É preferível uma forma mais analítica e mais esclarecedora.