Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Miguel de Góis Silva Estudante Faro, Portugal 10K

Cá estou eu de novo com outra dúvida sobre a nossa nobre língua. Porque é que se escreve "príncipe" se se diz "príncepe", o seu feminino é "princesa" e não "princisa" e a sua origem é na palavra latina "princeps" e não "princips"? É uma dúvida antiquíssima que tenho e à qual ainda ninguém conseguiu responder-me.

Mayr Cerqueira Godoy Brasil 11K

No Brasil escreve-se "ótimo", sem o "p". Entretanto, escreve-se "opção", com o "p". Sendo ambos da mesma raiz, por que a diferença?

José Aguiar Portugal 14K

A expressão «pouco a pouco» é complemento circunstancial de tempo e complemento circunstancial de modo?

Teresa Bagão Portugal 5K

Tenho conhecimento de apenas uma gramática reorganizada a partir da nova Terminologia Linguística, editada pela Didáctica Editora, Saber Português Hoje, de Luísa Oliveira e Leonor Sardinha. Com espanto, aprendo aí que «cujo/a/os/as» transitou da classe dos pronomes relativos para a dos quantificadores relativos: com que autoridade? Nas páginas 143 e seguintes, escreve-se «deixis» e «dêictico», se bem o que Dicionário de Houaiss contrarie esta grafia, com os lexemas «dêixis» e «deíctico». É possível indicar-me a melhor gramática a consultar, neste momento? Obrigada.

Vítor Hugo B. Barbosa Enfermeiro Ponte de Lima, Portugal 4K

Há algum tempo que tento esclarecer esta dúvida e não encontro na Internet resposta para ela. Gostaria de saber se é correcto usar o termo "skin" para designar um pacote de imagens e, eventualmente, código de programação usado para mudar o aspecto visual de uma aplicação informática. Tenho encontrado em sítios brasileiros a tradução para "pele" mas, confesso, acho que não será a mais feliz...

António Pereira Professor de Português Portugal 38K

Professor de Português, sempre ensinei aos meus alunos a diferença entre «ter de» (ter necessidade de) e «ter que» (ter alguma coisa para), defendendo, como Edite Estrela e Rodrigo Sá Nogueira, que a utilização mais frequente de ter que» está incorrecta. «Todos temos que fazer sacrifícios» – afirma o Chefe do Governo vezes sem conta. Há umas semanas atrás, li algures que, indiferentemente dos contextos, podíamos dizer «ter que» ou «ter de». Segundo este ponto de vista, a frase do Eng. José Sócrates estaria gramaticalmente correcta. Quanto ao politicamente correcto, nem me quero pronunciar... É mesmo assim? O meu muito obrigado, desde já.

Maria Zita Portugal 6K

Como se analisa sintacticamente a oração: «O monge Dinis decidiu recomeçar a contagem dos dias a partir da data do nascimento de Cristo, convencionada desde 440 como 25 de Dezembro.»

Ana Pais Portugal 7K

O que deu origem à palavra efémera? O ciclo de vida do animal definiu este substantivo, ou por sua vez utilizamos este como forma figurada?

Anónimo(a) 3K

Na semana que ora termina, os nossos consulentes concentraram as suas perguntas em quatro grandes áreas: em primeiro lugar, o léxico (13 perguntas); depois, a sintaxe e a etimologia a receberem o mesmo número de perguntas (8 perguntas cada); e, finalmente, a morfologia (6 perguntas).
Não admira que o léxico venha à frente nesta lista. Quis saber-se se esta ou aquela palavra existe, com este ou aquele significado, muitas vezes pressupondo que essa existência depende da tranquilizadora entrada num dicionário. Contudo, nem sempre assim é, porque os vocábulos, num dado momento, podem ser construídos ou importados doutras línguas.
Além disso, na construção de frases (sintaxe), continuam a chegar-nos perguntas sobre o se apassivante («vendem-se casas» ou «vende-se casas»?) ou à volta do uso do conjuntivo numa oração subordinada. E se a origem dos nomes comuns é certamente intrigante, já no domínio da morfologia foram de novo os plurais – como os das palavras compostas e os das palavras terminadas em -ão – que suscitaram um maior número de interrogações.
A propósito do que se voltou a ouvir – e a escrever – sobre a confusão entre o grama e a grama, fica também em linha mais um excelente Pelourinho da nossa consultora Maria João Matos.
Entretanto, voltamos a chamar a atenção para três iniciativas que reforçarão o conhecimento e uma melhor utilização da Língua Portuguesa. São elas: o recente acesso via Internet da MorDebe – Base de dados morfológica do português; a 8 de Novembro, o lançamento de um CD-ROM relativo ao Projecto Diversidade Linguística na Escola Portuguesa; e, a 23 de Novembro, a apresentação do Dicionário Temático da Lusofonia.

Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Pedro Bingre Assistente do ensino superior Coimbra, Portugal 4K

Por que motivo os nossos dicionários reconhecem apenas "orchata" (sem h inicial) como equivalente do termo castelhano "horchata", quando a palavra deriva putativamente do termo latino "Hordeum" (cevada)? Por respeito à etimologia, não deveríamos também nós, lusófonos, empregar o h inicial?