A designação quantificadores relativos está realmente incluída na Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS), agora adoptada em Portugal.
Um quantificador é uma palavra que especifica um nome, contribuindo para o seu valor referencial, como um determinante; no entanto, distingue-se deste, porque faculta «informação sobre o número, a quantidade ou a parte das entidades designadas» (in «quantificador relativo», TLEBS). São quantificadores relativos quanto e cujo, usados em exemplos como (1) e (2) (exemplos do artigo já referido):
(1) Vou comer quantos chocolates encontrar
(2) Encontrei o filme cujo realizador foi premiado.
No artigo da TLEBS sobre os quantificadores relativos explica-se também que estes têm uma dupla função na frase em que ocorrem, porque são simultaneamente especificadores de nome [em (1), «chocolates», e em (2), «realizador»] e conectores entre a frase subordinada e a subordinante.
Quanto à grafia das formas que menciona, parece-me que a forma dêixis é melhor que deixis, uma vez que o étimo grego era paroxítono (cf. Dicionário Houaiss). Como lápis, que também termina em -is, dêixis terá de levar acento gráfico para indicar que não é palavra aguda, mas sim grave.
Finalmente, quanto a gramáticas, não conheço as que se destinam ao contexto pedagógico. De qualquer maneira, e enquanto a TLEBS estiver ainda nesta fase inicial, sugiro a Breve Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra.
N. E. (08/07/2024) – No Dicionário Terminológico, que desde 2009 se tornou o documento de referência para o estudo da gramática nos ensinos básico e secundário em Portugal, cujo passa a «determinante relativo» e só quanto se classifica como «quantificador relativo».